PASSEIO
PÚBLICO
É belíssimo o visual do
Passeio
Restaurado o seu lindo
arvoredo
É zelado, limpo, não inspira
medo!
Todavia há algo de que
receio
É a gente dúbia que ocupa o
meio.
Bem alheia ao olhar da
multidão
Que por ali passa, Eis que
na solidão,
Triste mulher que há pouco
foi despida
Saboreia um prato de comida
Compelida que foi pelo
cafetão!
Ali impera a máfia do sexo
À revelia das próprias
autoridades.
Não sofreu dissolução de
continuidade
Apesar da grandeza de seu complexo.
Habita um grupo de jovens na
lama submerso
Seres tais que seriam
beldades de esposas
Transformadas em vis
mariposas
Desposando o vício e a
embriaguês
Animalescamente feito
raposas!
De bem lindo passa a ser
antro de perdição.
Os seus bancos sombreados
são palco
De descanso às escravas do
álcool.
Que na triste sesta etílica
onde estão.
Ajuntam-se à ruína e a devassidão
Quando Baco e adultério
travam luta
E não há vencedor na vil
disputa.
A cada dia se somam mais e
mais horrores.
Num trocadilho fiel sobre
computadores
No Passeio não se fala senão
“computa” !
João Bitu
...tem tudo a ver!
DOLORES SIERRA
Nelson Gonçlves
...tem tudo a ver!
DOLORES SIERRA
Nelson Gonçlves
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