sábado, 31 de janeiro de 2015

169 E A VIDA DESANDOU!




169       E A VIDA DESANDOU !        


Conheço não muito além
Pela ‘”aí”, quão desastroso!
Um casal pouco ditoso
Cuja união não vai bem,
E a culpa de ambos vem.
A verdade é que vai mal
O convívio conjugal,
Quando um acorda o outro dorme
 Não convivem mais conforme
Num casamento normal.



Aquele sombrio teto
Abriga dois corações
Que sempre em discussões
Vivem em briga direto,
Não mais conhecem afeto.
Entre ambos existe um alerta
De noite “não” que desperta
De manhã “não” que é cedo
Insistir faz até medo
E é sempre a mesma merda!


Toda essência do amor
Sumiu de vez com o vento
Só existe desalento
Muita tristeza e dor
A vida a dois é um horror.
Quando um faz uma proposta
O parceiro nunca gosta
Se um tem uma preferência
Sempre com a maior frequência
Fatalmente o outro desgosta!

Um ciúme desmedido
Tão somente com o intuito
De prejudicar em muito
O casamento sofrido
Infelizmente falido.
Cercado de incertezas
Sacrifícios e durezas.
O pobre assalariado
Seu dinheirinho contado
Não cobre mais as despesas!


Nada agrada a ninguém
Não mais é como outrora
É discórdia a toda hora
Constante rixa e desdém
Só rola o que não convém.
Um troço sempre sucede
Qualquer tipo de paz impede
Não tem mesmo o que fazer.
Como costumam dizer
Quanto mais mexe mais fede!

Quando a coisa fica assim
A tendência é piorar
Não adianta espernear
Aí é que fica ruim
Infelizmente é o fim.
E um fim bastante triste
Nenhum dos dois mais resiste
O desfecho é  o pior
Viver sozinho é melhor
Solução nenhuma existe!

Obs:” Qualquer semelhança com outras pessoas reais será mera coincidência”.

João Bitu















quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

168 CONSELHO OPORTUNO



CONSELHO  OPORTUNO

Nada é mais proveitoso
Nem mais seguro decerto
Que não trocar o que é certo
Pelo que é duvidoso
Por ser bem mais vantajoso.
Guarde para não perder
O que está em seu poder.
Se agir de modo impensado
Merece é ser castigado
Para aprender a viver!



Um conselho na verdade
Dá-se para quem carece
E que de fato o merece
Por sua honestidade
E tem mesmo necessidade.
É bom ser prevenido
E não desapercebido,
Quem tem consigo um tesouro
Não confie o seu ouro
A qualquer desconhecido!



Quem ama, sofre e padece,
Nem sempre sabe o que faz
Em casos não é capaz
De entender o que acontece
E é por isto que perece.
As vezes está enganado!
E é docemente amado
Pelo cônjuge e companheiro
Troca- o por um terceiro
Aí vê que estava errado!




Pensar e aí decidir
Nunca fez mal a ninguém
Assim é, pois, que convém
Calmamente refletir
Para só então agir.
Até o certo encontrar
Para não se machucar.
Lembro aqui o dito célebre
“Não trocar gato por lebre”
Para não se afundar!


João Bitu










segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

168 OS CAFÉS





 OS CAFÉS
                      
                                            Uma pessoa me fez lembrar a existência dum gênero de comércio muito importante e saudável, sobre tudo inesquecível, em nossa Várzea- Alegre estimada, quando de minha adolescência no início da década de cinquenta.
                                              Eram os Cafés dirigidos por pessoas especializadas, limpas, educadas e de apurado bom gosto, voltadas para uma espécie de comestível que só elas mesmas o faziam com o mais absoluto zelo, dedicação, amor e distinção.
                                            Queremos fazer menção a alguns que se destacaram sobremaneira e que marcaram época, sobressaindo-se cada um de forma brilhante. Que pessôa contemporâ-
nea não se lembra do café de MARIINHA DE PEDRO PRETO, ali ao lado da Mercearia de Zé Augusto no Comércio Velho!  Ela fazia, entre muitas coisas, um doce de leite cortado que era uma maravilha! Por esta razão tornou-se um dos mais preferidos pontos da cidade reunindo fregueses de várias espécies para aquele bate papo costumeiro de todas as manhãs e
a atualização dos comentários locais.
                                            Isabel de Zé Marcos juntava também uma grande freguesia bem ao lado do Comércio na atual Rua Luz Afonso Diniz por ser bastante caprichosa e simpática. Tinha umas filhas bonita, a exemplo dela também, preparadas zelosamente no atendimento ao público e nos serviços gerais.
                                              Domicília de Zé Avelino era uma morena simpática e muito prestativa,
que atraía enorme quantidade de gente para provar os seus quitutes. Era uma pessoa muito alegre e saudável. Bem ali havia uns tijolinhos de leite saborosos que alguém chamava “ TREJOLI"” carinhosamente.
                                              As filhas de Belizário Maria de Lurdes e Socorro eram estabelecidas junto à loja de Zé Teixeira. Mais adiante tinha Dirrim que ali esteve um bom tempo.
                                                Ao lado da Padaria de Seu Durval tinha o café de Adélia de “João de Adélia” ou João Maduro, que tinha como especialidade uma linguiça de porco, que ela própria preparava e assava,  uma verdadeira delícia e mais um bolo mole, não desmerecendo o bolo fofo.

                                                   Por fim, havia Seu Afonso carpinteiro com sua mulher que também merecem destaque, estadelecidos onde o nosso amigo INACINHO possuia uma loja de tecidos recentemente.                                                                                                                                        ..Foram estabelecimentos muito preciosos e que representaram um tipo de comércio útil na boa terra naquele tempo e que aos poucos foi dando vez a outras naturezas de ramos comerciais. Certo é que tudo passa em nossas vidas, apenas na lembrança permanecem, ocasionando saudades àqueles que viveram na doce fase.
                                                    Tudo que daquela terra abençoada é por nós lembrado, causa-nos enorme saudade,                
                                                    É só para lembrar!

                                                       João Bitu

RECORDAÇÕES DE IPACARAÍ
Cascatinha e Inhana










                                            

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

167 MOTE PREPOSTO


MOTE PREPOSTO

Não sei se vale a pena
Tentar algo de novo
Mas vou tentar um renovo
Ligar bem a minha antena!
E pôr-me de quarentena:
Vou outro estilo adotar
Na maneira de rimar
Porém algo diz do perigo
Fuja em tempo dum castigo
-NÃO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!



Assim é com o coração
O dia a dia está de  prova
Quando surge paixão nova
É bom pensar de antemão
E evitar decepção.
Convém muito se pensar
E não se precipitar
E é por isto que eu digo
-NÃO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!



Se você tem um objeto
De certa estimação
Mas por causa de opinião
Ou comentário indiscreto
Vai perdendo o seu afeto
Quer dele se descartar
E por um outro trocar.
Pense melhor meu amigo
-NÂO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!



Meu emprego derradeiro
Embora bem mais rendoso
Não foi assim valioso
A exemplo do primeiro
Lá no Rio de Janeiro.
Merece salientar
Faço questão de falar
 Tento omitir não consigo.
 -NÃO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!



De nossa terra Natal
A Várzea Alegre querida
Por mim nunca esquecida
Sempre alegre e jovial
Bem como seu pessoal,
Tive que um dia mudar
Na Capital vim morar
E até hoje é meu abrigo.
-NÃO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!



Meu INTENTO foi lançado
Com o mote no final
Mui sincero, por sinal,l
Eu busco ter aprovado
E não ter desapontado.
Mesmo assim eu vou pensar
Não quero titubear
Lembrando sempre comigo,
-NÃO DEIXE O AMOR ANTIGO
POR UM QUE VAI COMEÇAR!

João Bitu

              
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

166 DOCE ESPERANÇA

    DOCE ESPERANÇA

Vou lhe contar um segredo!
Sonhei com a imagem sua
Fui caminhar pela rua
Andei e não tive medo!

Na rua bastante escura
Uma grave voz se ouviu
O guarda me advertiu
Esta rua não é segura!

Todavia, nem liguei
Continuei caminhando
Só duma coisa lembrando

E nem me preocupei
Por que pensar em bobagem?
Só pensava em sua imagem!
João Bitu

SAUDADES DE MATÃO
Carlos Galhardo



terça-feira, 13 de janeiro de 2015

165 PÁGINAS DA VIDA

 PÁGINAS DA VIDA


Vivi sessenta e cinco anos
Só no século vinte,
Bastante!  Por conseguinte,
Para ultimar muitos planos
E amargar desenganos.
Vivi muitas aventuras
Tive êxitos, desventuras,
Junto aos meus antepassados
Busquei sempre com cuidados
Praticar só coisas puras!


Se algo de errado fiz
Foi em último recurso
Um acidente de percurso
Um qualquer ato infeliz
Que com o bem não condiz!
Faço aquilo que convém
Nunca agi com desdém
Sempre estive sereno
Pisando sempre um terreno
Onde brota a flor do bem!


DEUS me dá longa vida
E os meios de vivê-la
Sem ter medo de perdê-la.
Tenho a vida bem vivida
Como me foi concebida!
Com paz, amor e saúde
Alma plena de virtude
Um viver sempre honroso
 Primando por ser bondoso
E assim seja nunca mude!


E no século atual
Minha idade só aumenta
Já caminho para oitenta
E andando sempre normal
Alcancei mais um Natal!
Num recinto bem propicio
E com fogos de artifício
Festejei em Beberibe
Que chamo “Nosso Caribe!
Meu recente NATALÍCIO!


Dezenove de dezembro!
Eu fiz por experiência
Reuni com paciência
A prole membro por membro
Todos se bem me lembro.
Foi alegria geral
Um festejo magistral
Unindo assim o agradável,
Oportuno e saudável,
“Aniversário e Natal”.


Tudo isto é produto
Da Providência Divina
Que com zelo me ensina
A plantar o melhor fruto
E aí fazer usufruto!
Eu não aspiro mais nada
Nesta vida abençoada
Senão o que for plausível
E como me for possível,
Aproveitar bem a vida!


Nunca adquiri rivais
Razão porque me contemplo
Busquei seguir o exemplo
De meus adoráveis Pais
Estimados por demais.
Um sentimento profundo
Que deles é oriundo
Fazer bem sem ver a quem.
 E voltado para o além
Encontrá-los no outro mundo!


Estamos nós de passagem
Por este mundo terreno
Não tem grande e nem pequeno
Ocupando a carruagem
Fazemos a mesma imagem!
Como juntos aqui estivemos
Lá também ficaremos
Com as graças do SENHOR
Em convívio Superior
No Paraíso estaremos!

João Bitu

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

164 A PROEZA DE MABEL



A PROEZA DE MABEL

Por mais lindinha que seja!
Odeio lidar com cachorro
De toda espécie eu corro
No momento em que o veja
Por mais distante que esteja.
Mas Jad me cativou
E a cadeliinha apanhou
Para dormir em meu quarto
Que quase causou-me um infarto
Meu quarto inteiro  sujou.


A velhice por natureza
Digo com sinceridade
Sempre nos traz novidade
Uma alegria ou tristeza
Mas traz com toda certeza!
Mesmo que de forma lerda
Alguma coisa se herda
Amarga ou tal como mel.
E causada pela Mabel
Tomei um banho de MERDA!
João Bitu