domingo, 23 de novembro de 2014

160 COISAS QUE FAZEM HISTÓRIA




160    COISAS QUE FAZEM HISTÓRIA

"Dedico a Isabel Bitu a única da família ( Também  DENIZARD ) com melhor condição de lembrar a maioria dos fatos ".

A antiga bodega de Seu Zé Bitu
E a de Seu Dudu, que ficava na frente
Em plena atividade “ali ficarão”,
E permanecerão, fixas em minha mente
Maria Vieira, em frente à Usina
Ela e Valdivina, mais um rapazinho
Que para o sustento, mantinham uma venda
Lugar de merenda, simples cafezinho!
Depois dali morava  Mário Cassundé
Recordo-me até, tinha ele adiante
Um simples barzinho até bem frequentado
Quase só ocupado por gente elegante!
Muito  bem cuidado, amplo casarão!
Por Emília de Romão e a cantora Romana
O seu irmão Toim e também Dona Caixinha
A Professorinha, eficiente e humana!
Havia adiante bela  residência
MOrava ali  Vicência, a viúva de Cazuza
E Mãe de Tibúrcio, de Chico e Lizier
Ao que parece crer, ...tenho a mente confusa!!!
O Senhor Raimundo... Luiz de Oliveira
Filho de Mangabeira, esposo de Louzinha
Eram Pais de Francisco, Edilson e Leônia
Família idônea, gente de alta linha!
Dona Irinéia e Pedro Lourenço
Classe a que pertenço, casal solitário
Eram boa gente bastante honesta
Não eram de festa bem pelo contrário!
Na casa e Cartório do Velho Dudau
Tinha Pedro ( ”Piau” ) ... Alves de Morais.
O Velho era casado com Dona Matilde
Uma Senhora humilde simples até demais
O Pároco José... Otávio de Andrade
Foi a Divindade, que a muitos benzeu
Desde Juazeirinho até Boa Vista
Sempre com João Batista ou com Seu Amadeu.

O Ex-Deputado Otacílio Correia
Cômico de mão cheia, teve a glória sua
Através de decreto de ordem Municipal
Tendo do povo o aval, deu nome a uma  Rua!

Santo Ambrózio ou São Raimundo
Com  seu olhar profundo "via" com muita ternura
Zé Bitu e Seu Dirceu que habitavam  em frente
Dois homens decentes, nobres criaturas!

O casarão de Toim Primo, dono  do Baixio
Não era  nada de frio, era  quentura só!!!
Que o fim desta história junto dele esteja
E o SENHOR nos proteja, ampare e tenha  dó
E eis finalmente a USINA DINIZ
(Josué, Tatí  e Luiz) – de saudosa memória.
As casas d' Emídio Amâncio, Vicente Cassundé
Que só destroço é, tudo ficou para história!
João Bitu

domingo, 9 de novembro de 2014

159 O CONVITE



159    O CONVITE

Fátima sempre dinâmica e impoluta
Quer por fina força que eu integre
Esta notável equipe de Várzea Alegre
De poetas da mais alta e briosa conduta
Será que mereço entrar nesta luta?
Todos eles são grandes no momento
Nas hostes da poesia mostram seu talento
Entretanto, quem convida quer ver
Assim me disponho a rimar e escrever
Meus rabiscos, meus versos, cujos inventos!


A esta ousada pequena grande
Que tanto me exalta e me exorta
O Senhor lhe abriu uma larga porta
Por qualquer parte onde quer que ela ande...
Sua inteligência mais e mais se expande
Ao transcurso de tão nobre existência
Esbanjando toda a fértil inteligência
Em benefício dos mais carecidos
Contemplando e cuidando dos mais queridos
Como o fez a tantos de sua ascendência


Zezê sua fiel e justa companheira
Usufrui dos incansáveis cuidados
São dois seres fielmente irmanados
Numa união sólida e verdadeira...
Quanta paz entre as duas à vida inteira!
Quem não as conhece nem pouco calcula
A força sem medida das jovens caçulas
Que tomaram conta em suas convalescenças
De nossos pais em penosas doenças,
Que só em lembrar meu corpo tremula:


Tudo ofereço à Professorinha
Ao tempo em que usufruo da inspiração
Com muita cautela e esmerada atenção   
Pra não ferir a douta Francesinha
-( Este é o apelido da forte criaturinha ) –
A quem passo minhas obras a saber:
Contos, versos e lembretes a valer
Bastando que para isto se faça mister
Esteja eu acontecendo onde estiver
Conte comigo. Estarei pronto para lhe atender.

João Bitu


( Poema RESTAURADO )

domingo, 2 de novembro de 2014

REVENDO MEU DOCE PASSADO


REVENDO MEU DOCE PASSADO

                                            A antiga Rua Major Joaquim Alves, cuja denominação foi pelos ares para dar vez a outro nome ilustre, este filho da    cidade de Várzea-Alegre, tinha início na entrada do corredor que leva aos Grossos, em   
direção à  cidade de Iguatu e se estendia até as residências de Joaquim Diniz e  Hamilton Correia, pelo lado oposto. Não era uma rua muito extensa, mas estava sua grandeza no alinhamento e cuidados de suas bonitas residências e de seus habitantes ilustres. Cabia ali tudo que era bom, pessoas, prédios, praças de diversões, a Catedral, duas usinas e beneficiamento de algodão e o comércio enfim. Inclua-se, naturalmente, a Usina Primo no limiar.
                                   Os seus moradores eram os mais conceituados cidadãos
da cidade, a contar os mais ricos assim como outros tantos de menor expressão econômico-financeira, todavia, decentes e trabalhadores honrados e  igualmente notáveis.
                                   A indústria e o comércio ali representados por JOSUÉ ALVES DINIZ, um Senhor de grande valor e respeito pela honradez e decência nos negócios e na política, tendo sido eleito Prefeito, ocasião em que mostrou sua alta capacidade administrativa e incontestável honestidade no manuseio dos bens públicos. Teve uma vida de raras virtudes, qualidades que deixou aos filhos por herança. Entre outras obras construídas em sua gestão deixou o prédio onde funciona atualmente a Prefeitura Municipal da cidade e O Centro Administrativo cujo, recebeu o seu nome como homenagem.  De grande utilidade comercial, além de funcionar como cabide de empregos também é engrandecido pela oferta e venda de gêneros alimentícios a preços mais accessíveis, graças a centralização de mercadoria. É situado entre as ruas JOSÉ COREIA e a GETÚLIO VARGAS, ao lado do prédio onde funcionou a ESCOLA DOMÉSTICA, instituição educativa onde MARIA SOCORRO BITU, de saudosa memória, concluiu sua educação profissional.
                                   A seguir a pracinha onde está a Majestosa IGREJA DE SÃO RAIMUNDO, um dos mais belos e tradicionais monumentos em toda região Centro Sul do Estado, orgulho de Várzea-Alegre, cuja torre é vista ao longe com todo seu esplendo, com a estátua do padroeiro São Raimundo Nonato, encimando sua grandeza e invejável beleza, como que a olhar e abençoar o casarão de ZÈ BITU, em cujo toda  Bituzada  teve  sua existência feliz. Nada se pode comparar a sua semelhante e maravilhosa vista mesmo à distância. Ladeada pela casa Paroquial de forma adequada e justa para os serviços religiosos, onde residem o Vigário e seus auxiliares instalados em suas dependências, bem como acomodações para os visitantes de outras paróquias circunvizinhas, quando das festividades costumeiras. Nossa Catedral é alvo de admiração em toda parte!
                                   A PREFEITURA MUNICIPAL fica situada bem perto da referida pracinha, construída onde fora antigamente a querida e super- frequentada Praça Velha, em que a juventude tinha seu reduto e alegria ao passear às noitinhas ao som da AMPLIFICADORA VOZ DE VÁRZEA-ALEGRE”, comandada por Walquírio Correia, com as oferendas musicais e suas brincadeiras alegres dirigidas a cada ouvinte e admirador
                                   Quanta saudade!
                                   A parte comercial de maior destaque tem aí o seu início, considerando as lojas de tecidos. De Zé Rolim (João Joca foi seu sócio inicialmente), até à casa “ABC” pelo lado direito e, em frente RAIMUNDO SILVINO e ZÉ BILÉ com lojas de variedades   Neste meio, isto é, entremeando o comercio havia outra “pracinha” muito concorrida ao anoitecer pelos jovens namorados da cidade, igualmente assistida ao som da Amplificadora e sua música contemporânea. AÍ estava o coração musical de toda juventude! Encontro infalível de toda mocidade!
                                   A nossa estimada Rua Major Joaquim Alves termina aqui, onde as nossas saudades marcam o seu início. É necessário que se lembre aquelas músicas da velha guarda. Músicas que marcaram cada uma de nossas SAUDÁVEIS paqueras, cada um de nossos “flêrtes discretos, os recadinhos trocados que foram ou não foram respondidos! Cantores famosos que davam a cada melodia a riqueza de sua interpretação. Está, entendo eu, para nascer a pessoa contemporânea que não lembre da valsa BRANCA, do Bolero DEZ ANOS, A Pérola e o Rubi, Tarde Fria, Pecado Original e outros tantos sucessos da época!!!  Aposto que alguns de meus leitores não vão dormir hoje sem antes cantarolar um pouco, recordando velhas músicas que lhe marcaram naquele passado tão doce!
                                   Muitos casais que até hoje permanecem unidos e felizes tiveram o início de seus idílios naquelas pracinhas abençoadas. Podem contar agora aos filhos quão linda era a vida simples naqueles pedacinhos de   chão alegres, em nossa querida e inesquecível VÁRZEA-ALEGRE. Havia serenidade, havia doçura e muita pureza dentro de cada namorado, candidato ao matrimônio. Amor verdadeiro, confiança e admiração recíproca. Impossível esquecer!
                                   DEUS que tão graciosamente contemplou a nossa geração, dê aos nossos descendentes a mesma felicidade com que até hoje nos tem premiado. Vida longa, amor real aos nossos cônjuges e poder de reconhecimento fiel e inalterável.        
                                   Que nos abençoe hoje e sempre a nós e aos nossos estimados filhos e netos.

João Bitu

... Faz lembrAR !
A PÉROLA E O RUBY
Caubv Peixoto