domingo, 21 de junho de 2015

177 FUI UM TANTO NÔMADE

    FUI UM TANTO NÔMADE

Nós nascemos no sertão
Em lugares diferentes
Estivemos sempre ausentes
Sem pensar em união
Assim foi por um tempão.
Mas eis que surge a “fortuna”
Para que a mim se una! ...
Nas Carnaúbas nasci
Lugar aonde cresci
E ela nasceu lá no UNA!

UNA é no Espírito Santo...
-Próximo ao Rio de Janeiro
Onde moramos primeiro
Terra de muito encanto
Como também desencanto.
Em verdade admitamos
Dificuldades achamos
Mas coisas normais da vida!
Foi a fase mais sofrida
Logo quando nos casamos!

Fui estudante no Crato
Em Várzea-Alegre também
Sozinho sem mais ninguém
Foi um tempo meio ingrato
Sem um mínimo de aparato,
Amarguei muita tristeza
Foi um tempo de dureza.
Residi no Cariri
Lá quatro anos vivi
Enfim, moro em Fortaleza.

A seguir fui para o Rio
Em busca de novos pastos
Saltei em Magalhães Bastos
Lugar um tanto sombrio
Sem encanto e sem brio. ...
Sofri que foi um horror
Mas graças ao meu SENHOR
Fui trabalhar em um Banco
Próximo à Avenida Rio Branco
Na rua do Ouvidor.

Aqui na terra de Iracema
Onde finalmente estou
Terminar meus dias vou
É uma aspiração EXREMA
Talvez decisão Suprema
 Que rege tudo no mundo,
Senão algo mais profundo,
E outra intuição me regre
E eu termine em Várzea Alegre!
Terra de Papai Raimundo.

A “Fortuna” de que falo
Não me deixa ficar solo
E dela nunca descolo
 É meu incômodo “calo”
Quando fala eu me calo.
Coisa que jamais pensei,
Se isto é certo não sei
Aprendi a dizer sim
Desde cedo foi assim
Tanto é que acostumei.

Com bastante orgulho até
No bairro Jacarecanga
Minha gente ainda manga
Junto à Vila São José!
Morei e ali finquei o pé,
Já fora um bairro famoso
Bonito e populoso
Abrigava gente decente
Da elite, evidente,
Um povo até orgulhoso.

Isto eu sempre achei! ...
-Na Alexandre Baraúna
Fui morar com a “fortuna”
Onde alguns anos passei,
 E só então me mudei
Para onde a gente se baba
 E este meu conto acaba,
-Nosso estimado Montese
Um grande bairro, em que pese,
Ser menor que Parangaba.

João Bitu