quarta-feira, 28 de outubro de 2015

179 LEMBRETE



179      LEMBRETE


É preciso alguém saber
Que Verinha jamais me ofende
Ao invés de me ofender
Sempre, sempre me defende!

Luis também é profundo
Piadista pra valer
Mexe com todo mundo
Sem, contudo, aborrecer!

João Bitu




quarta-feira, 30 de setembro de 2015

178 MINHA SAUDÁVEL MORADA





MINHA SAUDÁVEL MORADA


Verinha por livre opção
Fez-me oportuno convite
Anexa a sua mansão
Construiu-me uma suíte!

Haja coisa mais linda
Muito bem elaborada
Confortável faz-se ainda
Da forma como é cuidada.

Sinto-me muito legal
Residindo ao lado dela
E muito agradeço a ela!

Por viver tranquilamente ...
Onde o LUIS comicamente
Chama ‘FUNDO DE QUINTAL! ”!...

João Bitu

Luis tornou ainda mais valiosa a "SUITE" com sua gosada observação
Valeu,Luis
João Bitu







domingo, 21 de junho de 2015

177 FUI UM TANTO NÔMADE

    FUI UM TANTO NÔMADE

Nós nascemos no sertão
Em lugares diferentes
Estivemos sempre ausentes
Sem pensar em união
Assim foi por um tempão.
Mas eis que surge a “fortuna”
Para que a mim se una! ...
Nas Carnaúbas nasci
Lugar aonde cresci
E ela nasceu lá no UNA!

UNA é no Espírito Santo...
-Próximo ao Rio de Janeiro
Onde moramos primeiro
Terra de muito encanto
Como também desencanto.
Em verdade admitamos
Dificuldades achamos
Mas coisas normais da vida!
Foi a fase mais sofrida
Logo quando nos casamos!

Fui estudante no Crato
Em Várzea-Alegre também
Sozinho sem mais ninguém
Foi um tempo meio ingrato
Sem um mínimo de aparato,
Amarguei muita tristeza
Foi um tempo de dureza.
Residi no Cariri
Lá quatro anos vivi
Enfim, moro em Fortaleza.

A seguir fui para o Rio
Em busca de novos pastos
Saltei em Magalhães Bastos
Lugar um tanto sombrio
Sem encanto e sem brio. ...
Sofri que foi um horror
Mas graças ao meu SENHOR
Fui trabalhar em um Banco
Próximo à Avenida Rio Branco
Na rua do Ouvidor.

Aqui na terra de Iracema
Onde finalmente estou
Terminar meus dias vou
É uma aspiração EXREMA
Talvez decisão Suprema
 Que rege tudo no mundo,
Senão algo mais profundo,
E outra intuição me regre
E eu termine em Várzea Alegre!
Terra de Papai Raimundo.

A “Fortuna” de que falo
Não me deixa ficar solo
E dela nunca descolo
 É meu incômodo “calo”
Quando fala eu me calo.
Coisa que jamais pensei,
Se isto é certo não sei
Aprendi a dizer sim
Desde cedo foi assim
Tanto é que acostumei.

Com bastante orgulho até
No bairro Jacarecanga
Minha gente ainda manga
Junto à Vila São José!
Morei e ali finquei o pé,
Já fora um bairro famoso
Bonito e populoso
Abrigava gente decente
Da elite, evidente,
Um povo até orgulhoso.

Isto eu sempre achei! ...
-Na Alexandre Baraúna
Fui morar com a “fortuna”
Onde alguns anos passei,
 E só então me mudei
Para onde a gente se baba
 E este meu conto acaba,
-Nosso estimado Montese
Um grande bairro, em que pese,
Ser menor que Parangaba.

João Bitu


sexta-feira, 29 de maio de 2015

186 PERSONAS GRATAS


187              PERSONAS GRATAS!


Vários meses de Janeiro já se passaram desde que aqueles heróis do volante, procedentes, via de regra, da longínqua cidade de Campína Grande na Paraiba, alguns dos quais com o aval e a valiosa recomendação do Senhor Auto Pimentel, genro do honroso comerciante português Antônio Ferreira (Seu Ferreira), chegaram em Várzea-Alegre com a missão de assumir cargos da mais rara e alta responsabilidade de motorista de caminhão. Ora, na década de quarenta não havia quase caminhões na cidade, cujos proprietários fossem dali e muito menos ou nenhum motorista habilitado e já o transporte de lã de algodão exigia com urgência os tais veículos, proprietários e profissionais.
Neste tempo, carece enaltecer a existência de um caminhão da marca “INTERNACIONAL”, cor vermelha de propriedade de ZÉ Felipe, homem nacionalmente conhecido pelas sus piadas famosas. Seu motorista era João Pereira, famoso precursor dessa casta famosa. Zé Felipe colocou uma buzina no caminhão que era de chamar a atenção por onde passava.
Certa ocasião foi ele multado em Cajazeiras PB, por ter feito uso da referida buzina nas proximidades de um Hospital, ao pagar a infração disse ao cidadão, pode ficar com o troco, porquanto, na volta vou proceder da mesma forma, tenho certeza.
Havia quatro usinas de beneficiamento de algodão em pleno funcionamento a saber:  USINA SANTO ANTONIO  de Antonio Correia na Praça Santo Antonio; USINA PRIMO de Vicente Primo de Morais  junto à Betânia na  entrada da cidade; USINA DINIZ de Josué Alves Diniz, que ao lado da bodega de ZEBITU marcava o início da Rua Major Joaquim Alves e por fim a USINA PIMPIM  de propriedade de Dirceu de Carvalho Pimpim situada à Rua dos Perus.
Nosso propósito, neste ensejo, é lembrar alguns nomes famosos de motoristas profissionais renomadas, sem outro objetivo que mais se firmaram em  Várzea-Alegre  na prestação de serviços de transportes  a exemplo de ZÉ ANTONIO na Usina Primo por longo tempo e que terminou se casando com uma jovem da família de Zezinho de Matias da Vazante. Era um cidadão de bem, muito conceituado e respeitado por todos. Todavia, trouxe lá de sua terra um irmão que não se deu muito bem, chamava-se Cícero Antonio e dirigia o caminhão que virou nas proximidades da cidade de Russas causando a morte de seus dois proprietários Antonio Bezerra e Manoel Morais.
Joaquim Ferreira trabalhou na Usina Diniz, também por vários anos no transporte de algodão para Campina Grande, ao lado de outros profissionais. Casou-se com Terezinha Cassundé com quem teve três filhos homens e um mulher
Severino Dedão, chamava a atenção pelo seu vozeirão forte, com sotaque acentuadamente paraibano e por não limitar qualquer conveniência naquilo que dizia. O seu carro era um GMC que comia fogo em suas mãos, porquanto, apesar das estradas ruins corria como louco. Complementava   os serviços dos já citados companheiros e não tinha hora marcada para sair e nem para chegar.
Chico de Seu Auto ou Chico de Seu Chagas Bezerra, também oriundo daquelas plagas paraibanas, um homem sério e sisudo quase não dizia uma só palavra no percurso Várzea- Alegre X Campina Grande, ao lado de Seu Chagas quando no transporte de algodão o “ouro branco”
 como era conhecido antes da lamentável fase do bicudo, praga  arrasadora que veio destruir aquela fonte de  riqueza agrícola em nossa região.
Seu Pedro foi um dos últimos provenientes da mesma região, serviu também na Usina Primo, adquirida que foi pelo Senhor Edson Castro e repassada para uma organização industrial pertencente ao Grupo Roldão Mangueira, representado pelo Senhor Abel que teve morte lamentável, vítima de pistoleiros ali mesmo contratados, por questões desconhecidas.
Um outro profissional do volante, igualmente estimado que conquistou popularidade na cidade, foi o não menos paraibano Zé Avelino que esposou a conterrânea ilustre e muito querida Domicília.
Como disse no início deste escrito, meu propósito foi lembrar aqueles simpáticos profissionais do volante, que prestaram a nossa querida cidade relevantes serviços naquela época distante. Alguns deles  deixaram família constituída e bem relacionada para nosso orgulho posso assegurar.


 Historietas como estas me deixam feliz e bem que arrancam do fundo do coração enormes saudades que pretendo dividi-las com meus contemporâneos. Se algum erro cometi peço desculpas, o tempo transcorrido nos deixa por vezes em dúvida. Um abraço aos meus amigos e a certeza de que muitos ainda estão lembrados e sentem comigo as mesmas saudades. O passado ficou, mas a vida continua!
Um honroso até breve, se DEUS quiser!

João Bitu







quinta-feira, 7 de maio de 2015

176 ODISSÉIA MARAVILHOSA



176          ODISSEIA PROVEITOSA

Fui ao Rio de Janeiro
Estado da Guanabara
Só com vontade e a cara
Sem destino por inteiro.
Sem apoio e sem dinheiro 
Empreendi a vagem
Com a grana só da passagem
Lancei-me ao desconhecido
Predisposto e revestido
Tão somente de coragem!

Escolhi a Zona Norte
Para meus primeiros pastos
Saltei em Magalhães Bastos
Conduzido pela sorte
Um intuito muito forte!.
Sofri que foi um horror
Mas graças ao meu SENHOR
Fui trabalhar em um Banco
Próximo à Rio Branco
Na rua do Ouvidor.

E por dez anos seguidos
Dali fui funcionário
Orgulhei-me de ser bancário
Foram tempos bem vividos
E muito bem sucedidos.
Desenvolvi o bastante 
Sempre andei para adiante
Tive bastante opções
Com honrosas promoções
Porquanto, assim merecia!
Para minha alegria
Tive grandes emoções!

Do lado profissional
Fui feliz a toda hora
Feliz mesmo, muito embora,
No plano salarial
TUTU fosse o grande mal.
Já não tive grande sorte
Era o Banco de médio porte
Não me dava segurança
Não consegui uma poupança
Que me desse um bom suporte!

A cidade é MARAVILHOSA
É maravilhosa sim
Não tem nada de ruim
Atrativa e formosa
É bonita e é gostosa.
É beleza por inteiro,
Linda RIO DE JANEIRO! ...
Cheia de encantos mil
Paraíso do meu Brasil
Para morar com dinheiro!

A paisagem é um primor
A Urca e o Corcovado
Pão de Açúcar mais ao lado
Para onde você for
Toda ela é um amor
Num lindo e perfeito esquema
É duma beleza extrema.
Cada praia a mais bacana
Flamengo e Copacabana
Botafogo e Ipanema!

São todas elas brilhantes
As praias da Zona Sul
Sob um Céu lindo e azul
Saudáveis e estimulantes
Brilhando a quaisquer instantes
Num clima rejuvenescente
Dia a dia mais atraente
Por toda sua extensão
Do inferno ao verão
A partir do sol nascente.

Mas busquei ser prevenido 
Deixei lá toda beleza
Vim em busca de firmeza
No meu Ceará querido
E não estou arrependido.
Pois lindas quanto as dali
São nossas praias daqui
Meireles e Iracema
Têm o mesmo sistema
Parecidas estão ai!

João Bitu

quarta-feira, 6 de maio de 2015

173 UM VERSO PUXA O OUTRO



173     UM VERSO PUXA O OUTRO


                                      ( Pé Quebrado )
Observemos essas coisas !!!
-Um cálculo a gente cria
Para ver quanto daria
Tudo ...
E trocando em miúdos
Hipótese a gente avia
Para ver como seria
De fato ... 

Quem revida um desacato
Perde toda a razão
Sem nenhuma contestação
Erra ...
Quem se vinga busca é guerra
O revide é uma má ação
Só rende ao coração
Intriga ....


Corro léguas de uma briga
Quem for brigar não me espere
Minha mente a mim sugere
É paz...
De vingança não sou capaz
Quem com o mesmo ferro fere
Para si, então, transfere
A culpa ...

-Fato que não tem desculpa
Um contraste verdadeiro
Espeto em casa de ferreiro
 De pau ...
Também acho muito mau
É em casa de bombeiro
Usar ao invés de chuveiro
Uma cuia ...

-Foi num sábado de Aleluia
Que se deu meu casamento
Não esqueço um só momento
Da Igreja
Por mais incrível que seja
O Padre censurou o evento
Vetou qualquer movimento
Festivo...




Ora, o nosso objetivo
Não era festa nenhuma
Era a união, em suma,
Sonhada ...
Não houve festa e nem nada
Comemoração alguma
Juntamos as almas em uma
E só ...

Amargar que nem jiló
Só mesmo o próprio fruto
Mas sempre que eu escuto
Falar ...
Que vou ter que degustar
O mais amargo produto
Sinto que é absoluto.
Na salada ...

LULU não troca por nada
É parte de seu manjar
É mais fácil deixar faltar
Coentro ...
É um tempero de centro
Pode alguém não gostar
Mas vai ter que aceitar
Vai sim! ...


João Bitu













domingo, 3 de maio de 2015

175 ADORÁVEL JUVENTUDE



ADORÁVEL JUVENTUDE

Tempos áureos se passaram
Lindas coisas ocorreram
Belos sonhos aconteceram
Que na mente se fixaram
Por sorte nossa ficaram!
Amores os mais ardentes
Paixões as mais pungentes
Repletos de emoções
Abrasaram os corações
Até hoje são presentes



Sinto muita saudade
Daquela doce existência
Daquela alegre vivência
Da gente de minha idade
Oh quanta felicidade!
Queríamo-nos com ardor
Com decência e com fervor
Era tudo alegria
Só doçura existia
Muita paz e muito amor!



Recordo de minha terra
Daqueles lindos recantos
Cheios de mil encantos
Cravados ao pé da serra.
Quanta beleza encerra
O curso do velho rio
Caudaloso e bravio
De águas límpidas correntes
Andando feito serpentes
Só em lembrar sinto arrepios!



O canto dos passarinhos
Naquelas tardes gostosas
Sobre as árvores frondosas
Pastoreando seus ninhos
Distribuindo carinhos!
A gama toda molhada
Fruto de boa invernada,
Engordando os animais
Que progridem mais e mais
Enriquecendo a boiada!



Este lembrete aqui se encaixa
De uma forma magistral
Muitas vacas no curral
Como em tempo algum relaxa
Nossa vaca Ponta Baixa
Descasando em deleite
Que sem nenhum enfeite
Entre outras boas também
 Como ela, porém, não tem
Era nossa Mãe de leite!



Os divertidos luzeiros
Com as fogueiras juninas
Muitos meninos e meninas
Com os seus flertes primeiros
Saltitando nos terreiros! ...
Milho assado, que beleza
Feijão verde sobre a mesa
Oh gente que gostosura
Tudo, enfim, é só fartura
...E canjica de sobremesa!



Com certeza sei que falo
Até demais do passado
Chego a tornar-me enjoado
Mas falo, falo e não calo
Não faço nem um intervalo.
Pois o futuro eu desconheço
O presente mal conheço
Profetizar sei que não devo
Arriscar nem me atrevo
Tenho medo de um tropeço!



Portanto, se me refiro
Muito a minha juventude
Tenho tal como virtude
É assim  que eu prefiro
E até mesmo me admiro!
Lembro o tempo de criança
E com TODA confiança
Ponho-me a rabiscar
E minha infância lembrar
Com a maior segurança!



Realmente os meus trabalhos
Vêm de minhas paixões
Extraídas de emoções
Meramente quebra-galhos
Não carecem de atalhos.
Se alguém não gostar assim
Achar que escrevo ruim
 Não cair em sua graça
Nem um pouco me ameaça
Quero agradar é a mim!



João Bitu







terça-feira, 31 de março de 2015

174) GRAÇAS AO REDENTOR


174)  GRAÇAS AO REDENTOR


Há instantes em minha vida
Que diferem de outros tantos
“São tristezas, desencantos”
Que me cheiram a despedida,
Ou coisa bem parecida!
Ora, a vida está linda
Ora, porém, parece finda.
Se me coubesse decidir
Entre ficar ou partir
Queria viver muito ainda!

Apesar de tolerável
Conviver com tais agruras
Emoções nada seguras
De consequência improvável,
Não é nadinha agradável
Chega a tirar-me o sossego.
Por nada sinto apego
Vejo sempre a coisa feia,
Dentre tudo que me rodeia
Tenho só desassossego!

Perturbações irritantes
Que atormentam minha mente
Sem que eu saiba exatamente
Quais as causas provocantes
Pelas formas variantes.
O problema me assedia
Inconstante, todavia,
Não tem dia, nem tem hora
Muitas vezes nem demora
Finda tudo ao fim do dia.

Passa mesmo sem falhar
Com precisão absoluta
Muda até minha conduta
A forma de me portar
Quase já sem suportar.
Tenho por experiência,
Basta-me ter paciência
Um pouquinho mais de calma.
E assim de corpo e alma
Dou graças à Providência



Quando passa é só beleza
Tudo vem à normalidade
Toda aquela ansiedade
Vai embora com certeza
Levando a minha tristeza.
Fico alegre a valer
Difícil até me conter
É uma coisa inexplicável
Sensação mais que agradável
Aí faz gosto viver.



Devo então considerar
Contingências naturais
Perfeitamente normais
Nada tendo que estranhar,
Ao contrário acatar.
Levando em conta a idade
Avançada na verdade
Mas só de paz e ternura
Uma doce aventura
 Desde minha mocidade.

Quando jovem fui feliz
Tal como ainda o sou
Tudo que passou, passou
O presente é que me diz
Orgulhar-me do que fiz.
E quero fazer muito mais,
Com isto sonho demais
Quando partir algum dia
Quero deixar só alegria
 Perpetrada em meus anais

A tristeza e desencanto
Que citei em outra glosa
É apenas queixa da prosa
Que insinuei, entretanto,
Não é de causar espanto.
Devo é reconhecer
E muito agradecer
Sem quaisquer lamentações
Gozar todas ocasiões
O importante é viver!

Tem que haver compreensão
E com o Pai todo respeito
Que dá vida sem defeito
Toda cheia de perfeição
Sem nenhuma contradição.
Louvemos sempre por isto
E busquemos ser benquistos
Pelo nosso Redentor
Que nunca nos negou o amor
-Nosso Senhor Jesus Cristo!


Uma vez reconhecida
Em toda a plenitude
Esta puríssima virtude,
De forma bem merecida
Tive tudo em minha vida.
E ninguém mais do que eu
Que nem muito assim sofreu
Pode e deve com amor
Dar graças e muito louvor
Por tudo que ELE me deu!

João Bitu

SALMO 73:23

" Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, DEUS é a minha força, ELE  é tudo que sempre preciso"

RECONHECIMENTO

JESUS CRISTO
Roberto Carlos e Erasmo Carlos









       
                                             




















segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

172) DIGA-SE DE PASSAGEM Por João Bitu





DIGA-SE DE PASSAGEM

Queixou-se certo vivente
Desses que sofrem calados
Triste sina de casados
Com problemas pela frente
E os suportam ocultamente.
“Se num relacionamento
Em todo e qualquer momento
Não há reciprocidade,
-A devida cumplicidade-
Então não há casamento”

Este mundo está repleto
De enlaces mal sucedidos
Corações desiludidos
Infelizes por completo,
Sem amor e sem afeto.
Se a gente visse o futuro
Enxergasse no escuro
Não teria a desventura
Duma infeliz aventura
 De um idílio impuro!

Quer saber o  que  faria
Como se eu tivesse o dom
Se conselho fosse bom
De graça não se daria
Quando muito venderia.
Isto é assunto morto
É um triste desconforto
Seu destino anda mau
Quando torto nasce o pau
Não tem jeito morre torto

Não precisa nem pensar.
Ela entrou em sua vida
E não foi bem sucedida
Que desocupe o lugar
Para uma outra entrar...
O que é errado se conserta
É uma coisa  mais que certa
Que não fique atrapalhando
Mais do que já  vá andando
A porta está sempre aberta!

João Bitu

... tem tudo a ver
SEGUE O TEU CAMINHO
Sólon Sales e Mário Zan





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

171 CONSTATAÇÃO



171          CONSTATAÇÃO




Além de um pensador,
DEUS também me fez poeta
Reservou-me uma discreta
Tendência para compor
Versos de qualquer teor!
Vez por outra sinto me instado
A falar de meu passado
E ponho-me a fazer versos
De conteúdos diversos
Mas, para o passado voltado!





Eis-me aqui como o digo
Pensando em quando criança
Com a mais firme esperança
De relembrar fato antigo
E quase sempre consigo.
Recordo qualquer passagem
Uma festa, uma viagem
O roçado, o Pau Mocó
O gostoso pão de Ló.
Ou de qualquer molecagem! ...





Numa seresta, que cruel!
Uma infame vadiagem,
Mais que isto, molecagem
O condenável papel
Das caçambas de Seu Abel,
Atitude muito feia
 Merecíamos uma peia.
Mas um amigo boníssimo
Junto a Afro Veríssimo
Nos livrou de uma cadeia!





Isso foi na adolescência,
Do que ainda me arrependo
E continuo sofrendo
Com peso na consciência
Por tamanha inconsequência.
Grande esperança me acalma
Assim com fé busco calma
Como num banco de réus
De joelhos imploro aos Céus
Perdão para a minha alma!





Bem mais plausível é
Referir-me a um passeio
Com o meu “EU” bem cheio
De ansiedade e de fé
Que fizemos ao Catolé
Para levar um “Alô”
A Tio Sousa e Lilô
Tio Dedé e a patroa,
Isto sim foi coisa boa!
Como abraçar “Vó Chicô”.





Tal lembrança, isto sim,
Desliza pela memória
Resulta como vitória
Não traz nada de ruim
Gosto de tê-la é assim!
Proclamo no melhor tom
Comento em alto e bom som
Enaltece e nos enrica.
Lembrete tal gratifica,
“Mesmo do Catolé é bom”!





As festas em Juazeirinho
Há muitos anos atrás
-Miguelópolis aliás-
De Zé Clementino o ninho
Que ficava bem pertinho
Do meu amado torrão.
Era São Pedro e São João
São Pedro o padroeiro,
Com o festejo costumeiro
 Linda comemoração!





De Emília e Lourival
Também nasceram ali
Luiz, Pedro e Ceci
A base original
Sem falar do principal
O poeta - com carinho!
Luzineide e Paulinho
Outro az da poesia.
José Almir e Maria
Esposa de Zé Pretinho.





Meu estilo de poesia  
Não sei  a quantos agrada 
Isto não quer dizer nada,
Com humilde sabedoria
Versejo com alegria
E escrevo o dia inteiro,
Sem querer ser o primeiro.
E guardo isto comigo:
Farei tal como consigo
Pois sou um mero Blogueiro.





Desta vez além de versos
Fiz um pouco de história
Recorrendo à memória
Falei de assuntos diversos
Nenhuns, porém, adversos.
Na verdade este texto
Sob qualquer um pretexto
Apenas por coerência
Ou por mera coincidência
Não sai mesmo do contexto!



João Bitu









sábado, 7 de fevereiro de 2015

170 OS QUATRO CHEFES DAS CANAÚBAS Por João Bitu





OS QUATRO CHEFES DAS CARNAÚBAS

ZÉ BITU -homem honrado
De invejável visão
Um bondoso coração
Honesto e respeitado
Em toda a região.
Dotado de Inteligência
De uma sã consciência
Sem mácula e sem defeito
Cidadão muito direito
Cheio de amor e decência.


Acordava logo cedinho
E depois de lavar o rosto
Sempre esperto e disposto,
Tal e qual os passarinhos
Que abandonam seus ninhos
Ou melhor, seu agasalho,
Para enfrentar o orvalho
Existente na capoeira,
Onde foi sempre corriqueira
Sua lida, seu trabalho!


Chico Chicô o cunhado
Era Pai de duas filhas
Eram duas maravilhas
Que amava deslumbrado
Também por elas amado.
­Provindos dum capinzal,
Tinha o hábito normal
Jamais fugia à escrita,
Tangia a vaca BONITA
Com destino ao curral


Era uma vaca vistosa
De notável procedência
Tinha ela a aparência
De uma rês majestosa
Muito bela e valiosa.
No tempo certo amojava
Firmemente conservava
Até que sem nenhum erro
Uma bezerra ou bezerro
Ao dono presenteava!



Antônio Bitu seu Antõe
Assim como era chamado
Também era apelidado
Intimamente Nonõe
Cuja ALCUNHA se sobrepõe.
Não gostava de animais
Por isto mesmo jamais
Lhes teve sequer clemência
Sempre deu preferência
 Ao plantio de arrozais

                                                                  
Sua vida era voltada
Para a luta no roçado
Firmemente dedicado
A roçadeira e a enxada
Ferramenta apreciada.
O cigarro é sua parelha! ...          
Quando lhe dava na telha
Era uma imagem barroca
Cigarro no canto da boca
Ou então, atrás da orelha.


Afonso era barbeiro
E também agricultor
Mas, coitado, um sofredor
Casou e ficou solteiro;
Trabalhava lá no Romeiro.
Pai de quatro criancinhas
Pareciam uma escadinha
Quase assim abandonadas
Tristes e desanimadas
Em condições muito mesquinhas!


Mas, enfim, até que a sorte
Por uma obra Divina
Transformou a sua sina
E o fez um homem forte
Destinando-lhe um suporte.
Sua vida não era prosa
Triste e dificultosa
Pôs os seus pés na estrada
Foi em busca duma amada
FILOMENA na CHEIROSA!


OS QUATRO eram modelo
De retidão e decência
Não viviam de aparência
E tinham o maior desvelo
E um apurado zelo
Pela terra, pelo vizinho,
Suas casas, o seu ninho.
Desta forma eram olhados
E altamente estimados
Com respeito e com carinho!


João Bitu

Faz lembrar. ..
MARIA BETHÂNIA
Nelson Gonçalves











sábado, 31 de janeiro de 2015

169 E A VIDA DESANDOU!




169       E A VIDA DESANDOU !        


Conheço não muito além
Pela ‘”aí”, quão desastroso!
Um casal pouco ditoso
Cuja união não vai bem,
E a culpa de ambos vem.
A verdade é que vai mal
O convívio conjugal,
Quando um acorda o outro dorme
 Não convivem mais conforme
Num casamento normal.



Aquele sombrio teto
Abriga dois corações
Que sempre em discussões
Vivem em briga direto,
Não mais conhecem afeto.
Entre ambos existe um alerta
De noite “não” que desperta
De manhã “não” que é cedo
Insistir faz até medo
E é sempre a mesma merda!


Toda essência do amor
Sumiu de vez com o vento
Só existe desalento
Muita tristeza e dor
A vida a dois é um horror.
Quando um faz uma proposta
O parceiro nunca gosta
Se um tem uma preferência
Sempre com a maior frequência
Fatalmente o outro desgosta!

Um ciúme desmedido
Tão somente com o intuito
De prejudicar em muito
O casamento sofrido
Infelizmente falido.
Cercado de incertezas
Sacrifícios e durezas.
O pobre assalariado
Seu dinheirinho contado
Não cobre mais as despesas!


Nada agrada a ninguém
Não mais é como outrora
É discórdia a toda hora
Constante rixa e desdém
Só rola o que não convém.
Um troço sempre sucede
Qualquer tipo de paz impede
Não tem mesmo o que fazer.
Como costumam dizer
Quanto mais mexe mais fede!

Quando a coisa fica assim
A tendência é piorar
Não adianta espernear
Aí é que fica ruim
Infelizmente é o fim.
E um fim bastante triste
Nenhum dos dois mais resiste
O desfecho é  o pior
Viver sozinho é melhor
Solução nenhuma existe!

Obs:” Qualquer semelhança com outras pessoas reais será mera coincidência”.

João Bitu















quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

168 CONSELHO OPORTUNO



CONSELHO  OPORTUNO

Nada é mais proveitoso
Nem mais seguro decerto
Que não trocar o que é certo
Pelo que é duvidoso
Por ser bem mais vantajoso.
Guarde para não perder
O que está em seu poder.
Se agir de modo impensado
Merece é ser castigado
Para aprender a viver!



Um conselho na verdade
Dá-se para quem carece
E que de fato o merece
Por sua honestidade
E tem mesmo necessidade.
É bom ser prevenido
E não desapercebido,
Quem tem consigo um tesouro
Não confie o seu ouro
A qualquer desconhecido!



Quem ama, sofre e padece,
Nem sempre sabe o que faz
Em casos não é capaz
De entender o que acontece
E é por isto que perece.
As vezes está enganado!
E é docemente amado
Pelo cônjuge e companheiro
Troca- o por um terceiro
Aí vê que estava errado!




Pensar e aí decidir
Nunca fez mal a ninguém
Assim é, pois, que convém
Calmamente refletir
Para só então agir.
Até o certo encontrar
Para não se machucar.
Lembro aqui o dito célebre
“Não trocar gato por lebre”
Para não se afundar!


João Bitu










segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

168 OS CAFÉS





 OS CAFÉS
                      
                                            Uma pessoa me fez lembrar a existência dum gênero de comércio muito importante e saudável, sobre tudo inesquecível, em nossa Várzea- Alegre estimada, quando de minha adolescência no início da década de cinquenta.
                                              Eram os Cafés dirigidos por pessoas especializadas, limpas, educadas e de apurado bom gosto, voltadas para uma espécie de comestível que só elas mesmas o faziam com o mais absoluto zelo, dedicação, amor e distinção.
                                            Queremos fazer menção a alguns que se destacaram sobremaneira e que marcaram época, sobressaindo-se cada um de forma brilhante. Que pessôa contemporâ-
nea não se lembra do café de MARIINHA DE PEDRO PRETO, ali ao lado da Mercearia de Zé Augusto no Comércio Velho!  Ela fazia, entre muitas coisas, um doce de leite cortado que era uma maravilha! Por esta razão tornou-se um dos mais preferidos pontos da cidade reunindo fregueses de várias espécies para aquele bate papo costumeiro de todas as manhãs e
a atualização dos comentários locais.
                                            Isabel de Zé Marcos juntava também uma grande freguesia bem ao lado do Comércio na atual Rua Luz Afonso Diniz por ser bastante caprichosa e simpática. Tinha umas filhas bonita, a exemplo dela também, preparadas zelosamente no atendimento ao público e nos serviços gerais.
                                              Domicília de Zé Avelino era uma morena simpática e muito prestativa,
que atraía enorme quantidade de gente para provar os seus quitutes. Era uma pessoa muito alegre e saudável. Bem ali havia uns tijolinhos de leite saborosos que alguém chamava “ TREJOLI"” carinhosamente.
                                              As filhas de Belizário Maria de Lurdes e Socorro eram estabelecidas junto à loja de Zé Teixeira. Mais adiante tinha Dirrim que ali esteve um bom tempo.
                                                Ao lado da Padaria de Seu Durval tinha o café de Adélia de “João de Adélia” ou João Maduro, que tinha como especialidade uma linguiça de porco, que ela própria preparava e assava,  uma verdadeira delícia e mais um bolo mole, não desmerecendo o bolo fofo.

                                                   Por fim, havia Seu Afonso carpinteiro com sua mulher que também merecem destaque, estadelecidos onde o nosso amigo INACINHO possuia uma loja de tecidos recentemente.                                                                                                                                        ..Foram estabelecimentos muito preciosos e que representaram um tipo de comércio útil na boa terra naquele tempo e que aos poucos foi dando vez a outras naturezas de ramos comerciais. Certo é que tudo passa em nossas vidas, apenas na lembrança permanecem, ocasionando saudades àqueles que viveram na doce fase.
                                                    Tudo que daquela terra abençoada é por nós lembrado, causa-nos enorme saudade,                
                                                    É só para lembrar!

                                                       João Bitu

RECORDAÇÕES DE IPACARAÍ
Cascatinha e Inhana