sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

013 LUZINETH E BENEZOETH

014 OBRAS DA DIMAN


015 UNHADAS DE GATO HUMANO

017 A DESPEDIDA

018 A DIVORCIADA

019 AS TRÊS FÁTIMAS


020 LERTRA "I" NO MATA PASTO

021 AMOR VERDADEIRO


023 APOLOGIA DE FAMÍLIA


) EU  E MINHAS SAUDADES


Eu nasci lá nas Lagoas

Do Coronel Zé Vitorino

No sítio Carnaúbas

Meu paraíso Divino

Nossa casa era ao lado

Do Riacho do Machado

Em clima ameno e junino!

 

Na frente do casarão

Tinha uma árvore que só

De lembrá-la a emoção

Na garganta dá-me um nó

Meu peito ainda se agita

Com aquela coisa bonita

O frondoso “Pau Mocó”

 

Bem próximo do quintal

Tinha um pé de sabonete

Que sombreava o curral.

Para o gado em deleite

Onde se via cabisbaixa

Nossa vaca “Ponta Baixa”

Da família – A Mãe de Leite

 

O Luar das Carnaúbas

É mais belo que o da cidade

Nenhum prédio lhe ofusca

A saudável claridade.

O luar do meu Sertão

Enobrece  o coração

E o acalenta de verdade!

 

Quando chegava o verão

A cultura das sementes

E o transporte do algodão,

Bem no terreiro da frente

Os burros comiam feno:

Veneza, Mimoso e Moreno,

Melão, Dourada e Corrente!

 

Dessa tropa de animais

Posso esquecer, mas, não quero

De vê-la posta em currais

Sob os cuidados austeros

Porém corretos e ordeiros

Daqueles bravos tropeiros

JOSIAS E ZÉ SEVERO.

 

A minha humilde infância

Modesta sim, mas querida,

Num clima de tolerância

Sem luxúria foi vivida.

O sertão foi meu berçário

Onde cursei o primário

Com Zely e Margarida!

 

Não posso esquecer o Lopes

E da manga do Jaburú

Quando tirava a galope

Da cacimba ao Coaçu

E da escola –  meu grupinho

Carlos, Lauro de Agostinho,

E Francisca de Pupu!

 

As quermesses do Juazeirinho

Tradição muito rica

Tinha milho bem verdinho

Muita pamonha e canjica

Na minha infância modesta

Nunca perdi uma festa

Do Velho Miguel Marica

 

Saudades bem verdadeiras

Daqueles pés de Juá

Que ficavam na ribeira

Nas terras do Jatobá.

Sinto um desejo medonho

De rever IRENE E ANTONIO

SEU MOISÉS, ROSA e o Tiá!                                      

 

NENEM DE ZÉ DE ISMAEL

Minha estimada comadre

BAÍA, CHICO E JOEL,

Muito mais do que compadres

Amigos até a morte.

E lá no sítio BOA SORTE

Dona Maria e Zé do Padre!

 

POMPÍLIO JOSÉ DUÓ

Criado com Zé Vitorino

Era pobre que nem Jó,

Mas decente e muito fino

UM AMIGO DE PRIMEIRA.

E a velha lavadeira

Madalena de Pinino!

 

Oh que saudades que eu tenho

Da gente lá do meu Centro

Das minhas idas ao engenho

Lá da Lagoa de Dentro

Dos jiraus que se montava

E que Mamãe aguava

“De cebolinha e coentro”!

 

Lembro a moita das galinhas

As touceiras de gitirana

As grandes safras de pinha

E dos pés de cajarana.

Lembro também no terreiro

De um enorme mamoeiro

De frutos tais mel de cana!

 

Das matas de marmeleiro

Jurema, sarça e Oití,

Mufumbo branco e pereiro

Mandacaru e Tingui

Malícia e Arapiraca,

Juazeiro e alfavaca

Nada disto há por aqui!

 

Hoje moro na cidade

Com minha alma dividida

Preso á doce mocidade

Sem poder mudar de vida

Por mais que ame o Sertão

É aqui que ganho o pão

-Apesar da vida sofrida!...

 

João Bitu

024 EU E AS MINHAS SAUDADES



) EU  E MINHAS SAUDADES


Eu nasci lá nas Lagoas

Do Coronel Zé Vitorino

No sítio Carnaúbas

Meu paraíso Divino

Nossa casa era ao lado

Do Riacho do Machado

Em clima ameno e junino!

 

Na frente do casarão

Tinha uma árvore que só

De lembrá-la a emoção

Na garganta dá-me um nó

Meu peito ainda se agita

Com aquela coisa bonita

O frondoso “Pau Mocó”

 

Bem próximo do quintal

Tinha um pé de sabonete

Que sombreava o curral.

Para o gado em deleite

Onde se via cabisbaixa

Nossa vaca “Ponta Baixa”

Da família – A Mãe de Leite

 

O Luar das Carnaúbas

É mais belo que o da cidade

Nenhum prédio lhe ofusca

A saudável claridade.

O luar do meu Sertão

Enobrece  o coração

E o acalenta de verdade!

 

Quando chegava o verão

A cultura das sementes

E o transporte do algodão,

Bem no terreiro da frente

Os burros comiam feno:

Veneza, Mimoso e Moreno,

Melão, Dourada e Corrente!

 

Dessa tropa de animais

Posso esquecer, mas, não quero

De vê-la posta em currais

Sob os cuidados austeros

Porém corretos e ordeiros

Daqueles bravos tropeiros

JOSIAS E ZÉ SEVERO.

 

A minha humilde infância

Modesta sim, mas querida,

Num clima de tolerância

Sem luxúria foi vivida.

O sertão foi meu berçário

Onde cursei o primário

Com Zely e Margarida!

 

Não posso esquecer o Lopes

E da manga do Jaburú

Quando tirava a galope

Da cacimba ao Coaçu

E da escola –  meu grupinho

Carlos, Lauro de Agostinho,

E Francisca de Pupu!

 

As quermesses do Juazeirinho

Tradição muito rica

Tinha milho bem verdinho

Muita pamonha e canjica

Na minha infância modesta

Nunca perdi uma festa

Do Velho Miguel Marica

 

Saudades bem verdadeiras

Daqueles pés de Juá

Que ficavam na ribeira

Nas terras do Jatobá.

Sinto um desejo medonho

De rever IRENE E ANTONIO

SEU MOISÉS, ROSA e o Tiá!                                      

 

NENEM DE ZÉ DE ISMAEL

Minha estimada comadre

BAÍA, CHICO E JOEL,

Muito mais do que compadres

Amigos até a morte.

E lá no sítio BOA SORTE

Dona Maria e Zé do Padre!

 

POMPÍLIO JOSÉ DUÓ

Criado com Zé Vitorino

Era pobre que nem Jó,

Mas decente e muito fino

UM AMIGO DE PRIMEIRA.

E a velha lavadeira

Madalena de Pinino!

 

Oh que saudades que eu tenho

Da gente lá do meu Centro

Das minhas idas ao engenho

Lá da Lagoa de Dentro

Dos jiraus que se montava

E que Mamãe aguava

“De cebolinha e coentro”!

 

Lembro a moita das galinhas

As touceiras de gitirana

As grandes safras de pinha

E dos pés de cajarana.

Lembro também no terreiro

De um enorme mamoeiro

De frutos tais mel de cana!

 

Das matas de marmeleiro

Jurema, sarça e Oití,

Mufumbo branco e pereiro

Mandacaru e Tingui

Malícia e Arapiraca,

Juazeiro e alfavaca

Nada disto há por aqui!

 

Hoje moro na cidade

Com minha alma dividida

Preso á doce mocidade

Sem poder mudar de vida

Por mais que ame o Sertão

É aqui que ganho o pão

-Apesar da vida sofrida!...

 

João Bitu

...tem tudo a ver!
O CHÃO  QUE DEUS ME DEU - QUARTETO ADORAÇÃO
(Original: CANÇÃO DO ÊXODO]
 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

028 MINHA FAMÍLIA ...MEUS VERSOS


029 COMEDIMENTO

030 UMA OUTRA PORTA

031 OBRIGADO MINHA IRMÃ

032 TOINHO BITU


033 ESTROFES DOIDAS


035 PSEUDÔNIMOS

036 PRECAUÇÃO FÍSICA

037 DILEMA CASEIRO


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

039 É O MAL DA IDADE


É O MAL DA IDADE

                                (Ânsia Louca)

 

Conheci uma jovem muito bela

Privilegiada pela sábia natureza

Seu corpo  era cruel malvadeza

Para os que punham  um olhar sobre ela...

Apesar de tudo é meiga e singela

Com um sorriso ingênuo de criança

Que faz agitar todas as ânsias

E fervilhar o sangue pelas veias

Mudando  idéias em outras  alheias

Aos  princípios  nossos desde a  infância

 

Ai se lhe pego sei que morro

Como diz a canção em versos e sons

Dar-lhe-ei um abraço desses bem bons

Que se ninguém vier logo em socorro

Não sei a que recursos então recorro.

Mas de repente contenho-me e reflito

Pois é somente um corpo muito bonito

Que a natureza criou em momento inspirado

Distribuindo beleza e saúde por todo lado

Num pedaço de ser humano por Deus bendito.

 

João Bitu

040 ALEX UM MAU CONSELHEIRIO


ALEX – UM MAU CONSELHEIRO


 

São gozadas essas gatinhas 

Que de biquíni e topless

Aconselham-se com o Alex

Ali mesmo na Chapadinha...

Quando não são mais mocinhas

E fazem vir mais gente ao mundo

Num abatimento profundo

Chorando e mal sucedidas

Vêm tristes e arrependidas

Pedir socorro ao Raimundo!...

 

 

NOTA DO AUTOR

 ALEX é um motorista da Fazenda

Raimundo o nosso estimado Delegado Regional

 

João Bitu

041 INVERSÃO DO POEMA - O MAL É DA IDADE



) INVERSÃO DO POEMA  “ É O MAL DA IDADE”


                             Criação de Vicente Almeida

 

Aos princípios habituais desde a infância

Mudando limpas idéias em coisas alheias

E fervilhar o sangue pelas veias

Que faz agitar todas as ânsias

Com um sorriso ingênuo de criança

Apesar de tudo é meiga e singela

Para os que lançam um olhar sobre ela...

Seu corpo é uma crua malvadeza

Privilegiada pela sábia natureza

Conheci uma jovem muito bela.

 

Num pedaço de ser humano por Deus bendito

Distribuindo beleza e saúde por todo lado

Que a natureza criou em momento inspirado

Pois é somente um corpo muito bonito

Mas de repente contenho-me e reflito

Não sei a que recursos então recorro

Que se ninguém vier prestes em socorro

Dar-lhe-ei um abraço desses bens bons

Como diz a canção em versos e sons

Ai se lhe pego penso que morro.

 

 

Original de João Bitu

Inversão de Vicente Almeida

042 O QUE FOI UM A ÁRVORE DE NATAL

043 O FAMOSO ZÉ TROVÃO.



O FAMOSO ZÉ TROVÃO


 

Disse-o bem certo cantador

Duma desquitada em apuros

Pois eu a vi – sim senhor

Prensada a um canto de muro

Tão atracada ela estava

Que nem um gato enxergava

Que eram dois  corpos no escuro

 

Falou-nos dum tal Zé Trovão

Que conquistou pra si

Tipo esbelto e bonitão

Mas confesso que não vi

Parece mais com o Lula

Quando a barbicha tremula

Pela brisa do Aracati

 

Contudo o paquera é dela

Se ela  gosta dele então  lute

Mas namoro à  luz  de vela

Nem sempre bem repercute

É melhor agir na moita

Enquanto a brisa açoita

Porque gosto não se discute.

 

João Bitu

046 SEQUELAS DA VIDA E A FÉ



SEQUELAS DA VIDA E A FÉ


Pouco a pouco vão os anos passando

E com eles vamos nós envelhecendo,

Nossos negros cabelos embranquecendo                                                                        

A visão antes límpida se embaçando,

Vão os músculos em geral se cansando

Devagar relaxando em seus lugares.                              

Com a vinda das dores musculares

Que  no corpo surgem dolosamente

Aos passos dados habitualmente

Só em andando dentro de nossos lares.

 

Só em andando dentro de nossos lares

Sem exercer uma obrigação qualquer                                   

Sem desenvolver um quefazer sequer

 Tristes, sós, amargos e sedentários                                 

Mercê de dores e pruridos vários.                                             

Já quedados à insana terceira idade

Antes fortes em nossas atividades

Hoje sofrendo  intenso cansaço

Fadados ao desânimo e ao fracasso

Vamos cedendo aos poucos à fragilidade

 

Vamos cedendo aos poucos, mas radiantes

Ainda cheios de amor e espírito de luta

Lembrando com convicção absoluta

De haver vivido a fase dos amantes,                                      

De contentamento e prazer constantes.

E galgamos os altos meios sociais

Ao tempo que fomos bons profissionais

Logrando méritos os mais louváveis

Com segurança e firmeza estáveis 

Tivemos funções decentes por demais

 

Tivemos funções decentes e glórias

Hoje vemos que nos mínguam os ânimos

Não  mais somos fortes e magnânimos

Tal qual quando somávamos vitórias.

Hoje nos restam só lidas inglórias

E a convicção de que temos de esquecer                                                

Um passado  que nos deixou perecer

E que ora nos furta de forma adversa

Através duma fúria cruel e perversa

A força, o brio e a coragem de viver.

 

A força, o brio e a coragem de viver

Em mim se reproduzem, entretanto,

Num relance e como que por encanto

Ao pensar que nunca é tarde pra vencer

Nem tampouco se deve esmorecer

Quando o Senhor é o Pai onipotente

 Onipresente e onisciente,

Nossa existência, o caminho e a vida.

Só uma coisa precisa ser entendida

Que não nascemos nós para semente.

 

João Bitu

048 VATICÍNIO

]

VATICÍNIO


 

Baixinha, linda e ativa

Cabelos lisos e leves

Sorrisos francos e breves

Trejeitos de patativa

Tem a mente muito viva

Porém eu velho e até casto

Prevejo algo  nefasto

Que esta jovem cheia de graça

Poderá em breve ser caça

Nos pastos do Mata Pasto!

 

João Bitu

049 ALGUÉM VIU



ALGUÉM VIU


 


Falaram-me duma tal Helena

Que não é aquela de Tróia

Alegre, risonha, uma jóia

Com um riso sempre em cena...

Não a conheço, é uma pena

Mas dela sei quase tudo

Como não sou baú, nem sou mudo

Se não comentar entro em pane

Disse a bela Viviane

Que tem algo gordo e peludo

 

João Bitu