terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

084 O QUE FOR SERÁ


O QUE FOR... SERÁ!


 


 

Quando a sorte não está favorável

Não adianta nada forçar barra

Em qualquer empecilho esbarra

E não se obtém - o fim desejável...

È querer fugir do inevitável

Quando o destino já foi traçado.

Não há como fugir do resultado

Porquanto, o amanhã, a Deus pertence

Do contrário ninguém me convence

Aceitar, pois, é fato consumado

 

Quando jovem quis formar um lar

Movido pelo coração em brasa

Pretendi usar a prata da casa

E sem mais delongas me emancipar.

O tropeço veio sem nada avisar

E se opôs a tudo num rompante

Destruiu aquela paixão brilhante

Ardorosa e de tanto fulgor

Fui achar um novo e terno amor

Numa terra estranha e bem distante.

                                                                                                      

Assim é tudo o que a gente planeja

Sem sondar a vontade do amanhã

Mesmo quando há  uma idéia sã

Para realizar o que mais deseja

Nem sempre acontece como se almeja.

Haja vista a ânsia duma gestante

Aguardando a vinda a todo instante

De um filho ou filha a nascer

Um menino? Bem que podia ser!

Mas lhe vem menina - não obstante!

 

 A princípio se fica reticente

Por não obter o que era esperado

Sem saber que o que lhe foi negado

Tornar-se-ia até desconveniente

Assim Deus quis evidentemente

Duma outra forma nos contemplar

 Pela sua sabedoria sem par

Não acolheu aquilo que foi pedido

Ao invés então do que é pretendido

Sempre tem algo muito melhor para dar!

 

João Bitu

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