AS PRÓTESES
A velhice
quando vem
Maltrata de
muita forma
Às vezes até
deforma
Quer com
seqüelas, ou sem,
Vai aumentando, porém!
Começa
de forma suave
Que já é um
grande entrave
E judia pra
valer.
Não tem pra
onde correr
Tende é ficar
mais grave!
Sem mais
recursos caseiros
Lá se vai
consulta aos médicos
Principalmente
aos protéticos
Tanto quanto
aos primeiros
Por recursos
verdadeiros.
A visão vai se
turvando
Muito
menos se enxergando
Tem que usar
óculos de grau
Seja por bem
ou por mau
Ou então finda
cegando!
Tem que
cumprir o destino
E buscar uma
solução
Eis que também
a audição
Não é mais a
de um menino
E já reclama
um otorrino
Não existe
outro jeito
Os ouvidos com defeito
Não ouve bem
de um lado
E já maltrata
um bocado
Também o ouvido
direito!
A gengiva
machucada
A de baixo e a
de cima
Nem um pouco
se anima
Pra mastigar
quase nada
É uma dor
desgraçada.
Não pode comer
linguiça
Saborear uma
pizza,
Um gostoso
mugunzá
Isto nem
sequer pensar
Com dentadura
é postiça
Por aí vão os
suplícios
Alguns deles
contornáveis
Não são lá mui
confortáveis
Mas trazem
seus benefícios
Os
citados artifícios ...
Pior que
nesta existencia
Há ainda
deficiência
Pra cuja em
nenhuma hipótese
Foi inventada
uma prótese
Por nossa
douta Ciência! ...
João Bitu
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