LEMBRANÇAS DO
RIACHO
Acordei de
madrugada
Com o
pensamento voltado
Pro Riacho do
Machado
Onde era minha
morada
Hoje já
desmoronada
Pelo seu longo
existir.
E não pude
mais dormir!
Permaneci
matutando,
De várias
coisas lembrando
Sem mais sono
conseguir.
As águas do
meu riacho
Revoltas
e suntuosas
Sobre as
trilhas tortuosas
Deslumbrantes!
... quanto acho!
Deslizando
leito abaixo
Lindamente se movendo
Em curvas se
retorcendo
Feito cobra em
arribada
Pelo meio da
enseada
Suas águas
estendendo!
Alegres
recordações
Resgataram
boas histórias
Povoaram-me a
memória
De saudáveis
emoções
Desde versos a
canções.
Da sadia
mocidade
Revivi com
intensidade
Aventuras
inestimáveis
Gente e fatos
memoráveis
Em minha mais
tenra idade
Aquela gente
singela
De costumes
tão simplórios
Hábitos os
mais notórios
De vida pura e
tão bela
Que só virtude
revela
Com tanta
força e fervor
Pureza d”alma
e amor
Viçando em
seus corações;
Em quaisquer
situações
Não há Ira e
nem furor!
Grata gente
sertaneja
De nossa terra
amada
Que tem em si
acoplada
A mais rara
singeleza
Aonde quer que
esteja
A postura é
verdadeira
A justiça é
sua bandeira
Não há
tendência pro mal
Só honradez e
moral
Oferece a vida
inteira!
A beleza que
oferece
A sensação de
harmonia
A firme e doce
alegria
A qualquer um
enobrece
Jamais alguém
lhe esquece
Por mais que o
tempo se passe!
É como se mais
e mais se firmasse
Em verdade se
concretiza
Dentro de nós
se eterniza
Como se mais
nada importasse!
Ter saudade é
ser dotado
Do ensejo de
reviver,
Jamais irei
esquecer
De meu saudoso
Machado
E guardarei
com cuidado
Lembranças bem
caprichadas
Agradáveis e
resevadas
Como costumo
senti=las
Para que possa
curti-las
Noutras tantas
madrugadas.
João Bitu
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