terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

069 A PRIMOGÊNITA



A PRIMOGÊNITA


 


Minha doce filha Vera

A primeira dos herdeiros

Tem princípios verdadeiros

É correta e é sincera

Cada dia mais prospera

Não se queda a empecilhos.

É viúva tem dois filhos

Todos dois muito simpáticos

São um tanto sistemáticos

Porém não saem dos trilhos

                                           

Pequenina ela nasceu

Lá no Rio de Janeiro

Eu passava o dia inteiro

Contemplando o rosto seu

No berçinho que a Mãe deu.

Cobertinha com um véu

Azul-branco cor do Céu.

De feliz até chorava

Tanto olhava que cansava

O meu mais rico troféu

                             

Foi crescendo, foi crescendo

E ficou até fornida

É pequena, mas nutrida

Tem um corpo estupendo

Fica mesmo parecendo

Uma Miss, pela norma,

Com cuidados se transforma

Em mulher muito atraente

Que apetece muita gente

Pela sua bela forma

                                                          

Muito casta e recatada

Apesar da vida “solo”

Segue a risca o protocolo

Da viuvez inesperada

De forma tão desastrada.

Não se deu por destruída

Com firmeza tange a vida

Com amor e muito apego

Exercendo o seu emprego

Competente e destemida

 

Comentei já noutra parte

Muita coisa sobre ela

Para mim é a mais bela

Lembra até obra de arte!...

-Escrevo aqui pra falar-te

Com afeto e com carinho

Dentro deste bom Velhinho

Que te ama e te venera

Com certeza oh doce Vera

Tu terás sempre um cantinho!

 

 

João Bitu

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