segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

136 - FORÇOSA OPÇÃO



FORÇOSA OPÇÃO


 


A minha família, exerce vigília

Em tudo que escrevo

Penso em largar, fazer o pior

Mas não me atrevo.

 

 Escrevo o que gosto,  a ninguém desgosto

A todos respeito

Ninguém desmereço,  daí não mereço

Qualquer um despeito

 

Verinha é mentora e a causadora

Sem misericórdia

De fato a estimo e a encho de mimo

Daí a discórdia

 

O Luis tem ciúmes, fazendo queixumes

A torto e a direito

O Cláudio coitado é sempre calado

Esconde no peito!

 

Já o Bitu Neto é bem mais discreto

De nada reclama.

A Dona Lulu e o João Bitu

Igualmente os ama!

 

Não quero agradar, nem desagradar

A este ou aquele

Sem ter intenção, criar um vilão

Na pessoa dum deles.

 

Não sei o que fazer, se sigo a escrever

Aquilo que sinto

Não sei se desisto, não sei se persisto

Ainda vou ver.

 

São ossos do ofício!... é um sacrifício

Que muito me afeta

É desconfortável, é inevitável

É a cruz do poeta!

 

O que é este dom, ruim ou é bom?

Pergunto surpreso.

Não posso falar, nem posso brincar

Com o rabo preso!

 

Acabo de achar, por que vou optar

Decisão segura!

Vou continuar e com força gritar...

-ABAIXO A CENSURA1

 

João Bitu

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