terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

074 O BEM ESTAR DAS VÍSCERAS



O BEM ESTAR DAS VÍSCERAS


 


 

A idade que ora tenho e já me pesa

Fala claro e adverte sem vacilo

Não faça Isto e nem faça aquilo

Se é que um pouco ainda se presa,

Para a velhice alcançar não há reza

É cautela, é juízo bem formado

Um viver contido e controlado

Com respeito e com temor ao Divino

Forma única imposta ao destino

Para um viver longo e abençoado

 

A volúpia é contra indicada

Onde possa estar por desventura

Destrói toda e qualquer criatura

Que estiver por ela dominada

 Com força insana e descontrolada.

Muito mais vale a conveniência

O comedimento e a prudência.

Entre tantas outras precauções

O excesso de prazer e diversões

Só conduzem os órgãos à falência

 

Abdico de muita variedade

Pois as vísceras carecem andar

No mais íntegro bem estar

E mais autêntica normalidade

Só gerando paz e felicidade.

A saúde e o amor são camaradas

Que caminham sempre de mãos dadas

Na estrada íngreme para o ingresso

Num porvir de paz e pleno sucesso

De ternura e glória tão sonhadas

 

Ao invés de farras hoje prefiro

A reserva em forma de descanso

Logo sinto um visível avanço

Na liberdade de como respiro

Na bonança de quando suspiro

Na ocorrência de doces sonhos.

Em lugar daqueles os mais tristonhos!

De semblante alegre e contente

Entre os muitos o mais sorridente

Os meus lábios estão sempre risonhos

 

João Bitu

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