RABISCOS
DE SAUDADES
Ao fim dos meses de junho e dezembro
Quando se me
abriam as portas das férias
Era como se
todas as coisas sérias
Como de
fevereiro a maio, lembro,
Igualmente de
agosto a novembro
Todo e
qualquer ônus se acabasse
A canseira
Colegial me atirasse
Aos braços
agradáveis do repouso
Dum ano letivo
árduo e custoso
E que nada
mais enfim importasse
Deslumbrante
alegria me assiste
Antes mesmo
que a paz me integre
Com esmero às
delícias de Várzea Alegre
Quando tão só
alegria ali existe
E por todas as
férias subsiste.
Parecia um paraíso de fato
Paz, sossego e
muito aparato
No meio de
meus prezados amigos.
Uma só
coisinha mexia comigo
A
indisfarçável lembrança de Crato!
Como era bom
estar em nossa terra
E sentir o seu
natural perfume
Reassumir com
afeto os seus costumes
Rever suas
árvores por entre as serras
Até onde minha
vista encerra.
Assim foi em
minha adolescência
De que guardo
até hoje sua essência
Com ternura,
amor e muita emoção
Bem no íntimo
de meu coração
Como o ápice
de minha existência
Furtivas
serestas feitas com amor
Sem o conhecimento de meus velhos
Que não
obstante ouvir seus conselhos
Fazia ouvido
de mercador
E as realizava
sem temor.
Depois dumas
doses de Paraty.
Tarde Fria e a
Pérola e o Ruby
Naquela época
as mais solicitadas
Eram as
canções então mais cantadas
Na voz
inconfundível de Cauby
Igualmente
também encantadora
De Capiba um
autor de primeira
Tocava quase a
noite inteira
Nos auto
falantes da Amplificadora
Diversão a
mais comovedora.
Era duma
audiência tamanha
De causar uma
sensação estranha.
Enchia a todos
de ansiedade
Proporcionando
perplexidade
-Com a música
Maria Betânia
Quantas
saudades agora eu tenho
Daquelas
impensadas aventuras
Que pra mim
eram meras bravuras
Cujas praticava sem nenhum empenho!
Que hoje,
entretanto muito desdenho,
As noitadas as
mais inconseqüentes!
Afora isto,
falo francamente
Sinto agora
uma saudade danada.
-Como queria
em minha terra amada
Gozar boas
férias novamente!
João Bitu
RABISCOS
DE SAUDADES
Ao fim dos meses de junho e dezembro
Quando se me
abriam as portas das férias
Era como se
todas as coisas sérias
Como de
fevereiro a maio, lembro,
Igualmente de
agosto a novembro
Todo e
qualquer ônus se acabasse
A canseira
Colegial me atirasse
Aos braços
agradáveis do repouso
Dum ano letivo
árduo e custoso
E que nada
mais enfim importasse
Deslumbrante
alegria me assiste
Antes mesmo
que a paz me integre
Com esmero às
delícias de Várzea Alegre
Quando tão só
alegria ali existe
E por todas as
férias subsiste.
Parecia um paraíso de fato
Paz, sossego e
muito aparato
No meio de
meus prezados amigos.
Uma só
coisinha mexia comigo
A
indisfarçável lembrança de Crato!
Como era bom
estar em nossa terra
E sentir o seu
natural perfume
Reassumir com
afeto os seus costumes
Rever suas
árvores por entre as serras
Até onde minha
vista encerra.
Assim foi em
minha adolescência
De que guardo
até hoje sua essência
Com ternura,
amor e muita emoção
Bem no íntimo
de meu coração
Como o ápice
de minha existência
Furtivas
serestas feitas com amor
Sem o conhecimento de meus velhos
Que não
obstante ouvir seus conselhos
Fazia ouvido
de mercador
E as realizava
sem temor.
Depois dumas
doses de Paraty.
Tarde Fria e a
Pérola e o Ruby
Naquela época
as mais solicitadas
Eram as
canções então mais cantadas
Na voz
inconfundível de Cauby
Igualmente
também encantadora
De Capiba um
autor de primeira
Tocava quase a
noite inteira
Nos auto
falantes da Amplificadora
Diversão a
mais comovedora.
Era duma
audiência tamanha
De causar uma
sensação estranha.
Enchia a todos
de ansiedade
Proporcionando
perplexidade
-Com a música
Maria Betânia
Quantas
saudades agora eu tenho
Daquelas
impensadas aventuras
Que pra mim
eram meras bravuras
Cujas praticava sem nenhum empenho!
Que hoje,
entretanto muito desdenho,
As noitadas as
mais inconseqüentes!
Afora isto,
falo francamente
Sinto agora
uma saudade danada.
-Como queria
em minha terra amada
Gozar boas
férias novamente!
João Bitu
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