O
FRONDOSO PAU MOCÓ
Seis décadas
já se passaram
Mas o Sertão
não passou
A minha alma
lá ficou.
Muitas
lágrimas rolaram
Muitas
lembranças restaram.
Tenho
profundas saudades
Das
particularidades
Do lindo Céu e
da roça
Onde havia uma
palhoça
Feita de
felicidades
Hábitos
regionais
Manias nobres,
caseiras
Atitudes
costumeiras
Caprichos
sentimentais
Olhos fitos
nos rivais.
Alvo de minhas
fãs
Cheias de
balangandãs
Comuns em todo
Nordeste
Pendentes de
sob a veste
Naquelas
lindas manhãs
Os festejos de
São João
Tradicionais
fogueiras
As joanetes
faceiras
Franqueando o
coração
Em busca de
seu peão.
Noites de doce
magia
Risos e muita
alegria
Das cerimônias
juninas
Rapazes e
muitas meninas
Em meio às
cantorias.
Trabalhadores
dispostos
Homens da
foice e machado
A preparar seu
roçado
Sempre bem
predispostos
Todos firmes
em seus postos
Com a
esperança de pé
Muita
confiança até
Nas chuvas e
no inverno
Aquele fogo
eterno
De confiança e
de fé
Lindo e
saudoso arvoredo
Plantas de
rara beleza
Lembro com
muita tristeza
Não vou
esquecer tão cedo
Até mesmo
sinto medo
Por vezes até
me assusto
Não quero
tornar-me injusto
Olvidar tanta
beleza
Que oferece a
natureza.
-Lembrarei a
todo custo!
CARNAÚBAS
minha vida
Meu paraíso,
meu ouro
Minha pátria,
meu tesouro
Minha morada
querida
Entre outras
destruídas.
Minha alma ali
perpetrada
Cheia de amor
fertilizada
Sob a sombra
agradável
Aromática e
saudável
Do frondoso
PAU MOCÓ
João Bitu
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