O
QUE FOR... SERÁ!
Quando a sorte
não está favorável
Não adianta
nada forçar barra
Em qualquer
empecilho esbarra
E não se obtém
- o fim desejável...
È querer fugir
do inevitável
Quando o
destino já foi traçado.
Não há como
fugir do resultado
Porquanto, o
amanhã, a Deus pertence
Do contrário
ninguém me convence
Aceitar, pois,
é fato consumado
Quando jovem
quis formar um lar
Movido pelo
coração em brasa
Pretendi usar
a prata da casa
E sem mais
delongas me emancipar.
O tropeço veio
sem nada avisar
E se opôs a
tudo num rompante
Destruiu
aquela paixão brilhante
Ardorosa e de
tanto fulgor
Fui achar um
novo e terno amor
Numa terra
estranha e bem distante.
Assim é tudo o
que a gente planeja
Sem sondar a
vontade do amanhã
Mesmo quando
há uma idéia sã
Para realizar
o que mais deseja
Nem sempre
acontece como se almeja.
Haja vista a
ânsia duma gestante
Aguardando a
vinda a todo instante
De um filho ou
filha a nascer
Um menino? Bem
que podia ser!
Mas lhe vem
menina - não obstante!
A
princípio se fica reticente
Por não obter
o que era esperado
Sem saber que
o que lhe foi negado
Tornar-se-ia
até desconveniente
Assim Deus
quis evidentemente
Duma outra
forma nos contemplar
Pela sua
sabedoria sem par
Não acolheu
aquilo que foi pedido
Ao invés então
do que é pretendido
Sempre tem
algo muito melhor para dar!
João Bitu
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