VÁRZEA-ALEGRE
NÃO É MAIS AQUELA
Fui matar a
minha enorme saudade
No torrão onde
há tempos fui nascido
Coisa muita já
havia esquecido
Outras foram
já p’ra eternidade.
Deparei-me com
muita novidade
Quase tudo
encontrei modificado
Senti só que
de fato tinha chegado,
Em minha amada
terra Natal
Várzea
Alegre, - quando avistei afinal
A Igreja -
onde nada foi mudado!
Lindos prédios
residenciais
Novas praças e
a rede hoteleira
Ampliada em
moldes de primeira
Assim como
centros comerciais
Com novidades
muito especiais!
Casas que
sofreram demolições
Ruas com
outras denominações
Logradouros
de valor profundo
Como na ex
Lagoa de São Raimundo
Com inúmeras
transformações
Mudanças
houve naturalmente
Muita coisa
para melhor, é claro
Bem surpreso
me senti, não reparo
Só reparo que
sou unicamente
Culpado, dada
a ausência evidente.
Contarei a
grosso modo apenas
Umas
passagens em meio a dezenas;
Exaltando com
emoção verdadeira
E versejar,
porém de brincadeira
Ao criar
inimagináveis cenas
Cheguei a
ficar um tanto areado
Com a cabeça
até meio confusa
Por não achar
o Bar de Zé de Zuza
Onde fui da
sinuca um viciado
Fiquei mesmo
um tanto abalado
Pelo enorme
calor que lá fazia
Tomaria banho
até numa bacia
Pois não
existe mais o balneário
No porão de
Vicente Cesário
Nem sequer a
sua barbearia
Os contrastes
aos poucos vão sumindo
Dando vez tão
somente ao progresso
Ensejando
assim o seu ingresso
Entre meios
que também vão emergindo.
Visivelmente
está se distinguindo
Como sendo um
lugar cobiçado
Promissor e
muito bem situado
Sob um Céu de
lindíssima cor azul
Bem no meio da
Região Centro Sul
A mais bela
cidade em nosso Estado
Abracei com
alegria bons amigos
Que fazia
tempo não encontrava
Com bastante
saudade já estava
Das aventuras
nos tempos antigos
Quando não
sabia o que eram perigos.
Muita coisa
hoje difere do inicial
Não se
encontra na rua principal
E nem mesmo na
adjacência
Sequer uma
única residência
Que conserve a
fachada original
João Bitu
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