A
FORÇA DE VONTADE
Era uma vez um
garotinho feio
De aparência
triste, semblante místico
Que a tudo
olhava de permeio
Acanhado de
seu corpo raquítico
Fugia...
Fugia e de si
mesmo, se escondia
Tão complexado
chegava a ter medo
De tudo quanto
em redor sucedia
De qualquer
coisa cismada em segredo,
Desconfiava...
E quanto mais
alguém lhe incentivava
Mais lhe
crescia o acabrunhamento
Em meio às
pessoas se embrenhava
Preso sempre a um descontentamento
Absoluto...
Mas em tempo
brotou um salvo-conduto
Uma ânsia
intensa de liberdade
Carecia apenas
coragem, contudo.
E por força de
boa vontade
Adquiriu...
Pouco a pouco
venceu e se redimiu
Da timidez
passou a ousadia
Da inércia e
do medo ressurgiu
Destemido
tornou-se no dia a dia
Audaz
Sem
preconceitos tornou-se um rapaz.
Na vida só
interessa o que nos importa
Buscou em
tempo tudo que se é capaz
Desfrutar todo
bem que à alma conforta
Aprendeu...
Que um dia foi
feio na vida esqueceu
Também
minimizou o seu raquitismo
Que de início
a si tanto mal ofereceu
Expondo-lhe
sempre ao inconformismo
Total...
Graças à
bondade do Pai celestial
Que a tudo
assiste com amor sempiterno
Toda aquela
fragilidade material
Transformou só em vigor moderno
Cheio...
O tal
garotinho triste, amargo e feio
Se alguém quer
saber, por ventura, quem é
Cujo não via
de frente senão de permeio,
Salvo por si,
aqui está com toda sua fé,
EU,
João Bitu
...tem tudo a ver!
ESSE CARA SOU EU
Roberto Carlos
...tem tudo a ver!
ESSE CARA SOU EU
Roberto Carlos
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