domingo, 9 de março de 2014

192 A FORÇA DE VONTADE



A FORÇA DE VONTADE


Era uma vez um garotinho feio

De aparência triste, semblante místico

Que a tudo olhava  de permeio

Acanhado de seu corpo  raquítico

Fugia...

 

Fugia e de si mesmo,  se escondia

Tão complexado chegava a ter medo

De tudo quanto em redor sucedia 

De qualquer coisa cismada em segredo,

Desconfiava...

 

E quanto mais alguém lhe incentivava

Mais lhe crescia o acabrunhamento

Em meio às pessoas se embrenhava        

 Preso sempre a um descontentamento

Absoluto...

 

Mas em tempo brotou um salvo-conduto

Uma ânsia intensa de liberdade

Carecia apenas coragem, contudo.

E por força de  boa vontade

Adquiriu...

 

Pouco a pouco venceu e se redimiu

Da timidez passou a ousadia

Da inércia e do medo ressurgiu

Destemido tornou-se no dia a dia

Audaz

 

Sem preconceitos tornou-se um  rapaz.

Na vida só interessa o que nos importa

Buscou em tempo tudo que se é capaz

Desfrutar todo bem que à alma conforta

Aprendeu...

 

Que um dia foi feio na vida esqueceu

Também minimizou o seu raquitismo

Que de início a si tanto mal ofereceu

Expondo-lhe sempre ao inconformismo

Total...

 

Graças à bondade do Pai celestial

Que a tudo assiste com amor sempiterno

Toda aquela fragilidade material

Transformou  só em vigor moderno

Cheio...

 

O tal garotinho triste, amargo e feio

Se alguém quer saber, por ventura, quem é

Cujo não via de frente senão de permeio,

Salvo por si, aqui está com toda sua fé,

EU,

 

João Bitu
...tem tudo a ver!
ESSE CARA SOU EU
Roberto Carlos

 

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