domingo, 9 de março de 2014

186 A CASA DA ADOLFO CAMPELO



A CASA DA ADOLFO CAMPELO


 

Confesso que  ainda tenho saudade

Da casinha   da Adolfo Campelo

Tudo  nela era  simplicidade

Por uma  completa   falta de zelo.

Seus cômodos eram bem apertados

Os Quartos  não eram nem  fechados ,

Mas por ela  eu tinha  grande desvelo

 

Essa casinha, coincidentemente

Trouxe ótimos fluidos e muita sorte.

Parei de beber definitivamente

Quando já andava para a morte,

Entregue ao álcool, por ele já vencido

Por entre  más companhias metido

Tinha tal  vício como único esporte

 

Com ajuda de Deus comprei pela Caixa

Aquele humilde teto onde morava

Utilizando a minha rendinha baixa

Investindo primeira vez  me achava

Com muita vontade e a muito custo

Aproveitando o preço que era justo

Livrei-me  do aluguel que pagava

 

Foi palco de puro ressurgimento,

Deixei de ser alcoólatra inveterado,

Quando sucedeu em feliz momento

Um tratamento em grupo efetuado

No qual muita coisa boa eu aprendi

E para glória minha consegui

A primeira e  promoção no Estado

 

Nasceu o nosso filho mais novo

Num imóvel ligado à mansãozinha

Em tudo houve  especial renovo

Para honra e glória  minhas

Sem pretender ser supersticioso

E nem tão pouco misterioso

Muito atribuo a doce e amada casinha

 

É por isso que sempre que recordo

De tais coincidências curiosas

Que sejam coincidências não concordo

Creio mais em dádiva milagrosa

Que do Céu para mim foi  enviada

Pelo endereço da casa abençoada

Que abrigou minha alma venturosa

João Bitu

...tem tudo a ver!
               
                                  (,,,justo quando o padeiro dizia:  "Olha o pão Luis"!

CABOCLA
Neonson Gonçalves

 

 

João Bitu

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