ESTROFES
DOIDAS – por João Bitu
( sátira )
Eu conheço uma
cidade
Onde tudo é especial
De tudo que há
neste mundo
Lá é melhor ou
igual.
Aliás, se bem
me lembro
Vinte e quatro
de dezembro
Lá é véspera
de Natal!
Quando acaba a
Primavera
Logo começa o
Outono
Janeiro é
sempre Ano Novo
E Setembro é o
mês nono
Existem muitos
terrenos
Tanto grandes
como pequenos
E todos
pertencem aos donos
Quando uma
causa é mais séria
E carece ser
bem pensada
Uma pessoa ou
até duas
Buscam não dar
mancada
Pois é bom que não se vexem
Em panela que
muitos mexem
Ou sai insossa
ou salgada
A VIDA é surpreendente
Pelo menos
como parece
Tal a Lua, é também o Sol
De seu turno
se envaidece!
Exaltando mais
o seu nome
Quando um
surge o outro some
E quando
o um some, outro aparece.
Na cidade os
moradores
São todos
contemporâneos
Nascidos no
mesmo ambiente
Dizem-se
também conterrâneos
Desentendimentos
passageiros
Entre dois ou
mais companheiros
São chamados
momentâneos
Mas nunca há
brigas feias
Quando entre
dois um não quer
O bem estar lá
predomina
Entre marido e
mulher.
Desde que
ambos se estimem
E de verdade
se amem
Não existe
teima sequer
Cada pessoa
ama seu próximo
Quando está em
seu juízo
A Polícia
jamais é chamada
Somente quando
é preciso
Enterros? Só se morrer alguém
Quando aos
Céus lhe convém
E para levar
ao Paraíso.
Os jardins de
nossa casa
São verdes, bem apanhados
Cada espécime
é o mais lindo
Verdejantes e bem
cuidados
Não exigem
maior atenção
Só precisam que uma boa mão
Os tenham
sempre aguados
Eu sempre vou
à terrinha
Sem gozação
nem fanfarra
Quando nós
chegamos lá
Todos fazem
uma farra
Mesmo sem está
disposto
A mulher só
faz o seu gosto
E me carrega na
marra.
João Bitu
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