sábado, 8 de março de 2014

170 MINHA FAMÍLIA - MEUS VERSOS



MINHA FAMILIA...MEUS VERSOS


Abracei a poesia  popular

Com Pompílio   José Duó

Que cantava   versos lindos que só

Quando na roça íamos  trabalhar

Ficava eu boquiaberto a escutar

Lindas glosas de poeta e cantador

Versos cheios de beleza e esplendor

Que eram do fundo d’alma vindos

Através de motes os mais lindos

Glosados com harmonia e  amor.

 

Foi assim então que me iniciei

Escutando Pompilio José Duó

Fiz  o Casório de Afonso  e Filó

Do cujo  jamais me esquecerei...

Partindo daquela história comecei

A versejar com meus recursos modestos

Sem expor propósitos manifestos

De cobiças  ou falsa pretensão

Apenas a  mostrar com firme emoção

Rimas e dizeres puramente honestos.

 

Foi aceita pelos próprios recém casados

Que acataram  com vera admiração

Aquela inédita e ousada observação

Que eu temia não ser de seu agrado!...

Mas esqueçamos fatos do passado

Deletando enfim tudo em nossa mente.

Agarremo-nos com unha e dente

Agora com outros temas e poesia

Que enfoquem o  nosso  dia a dia

  com coisas  saudáveis do presente.

 

Eu amo e convivo com certa criatura

Deste imenso universo a mais bela

Só não digo aqui o nome dela

Por força de reserva e compostura...

É amável e dócil, inteligente e pura

Portadora dos mais sublimes predicados

Conduz com maestria os  filhos amados

E o lar que é palco de harmonia e paz

Com suas maneiras ainda é capaz

De agregar parentes mais distanciados!...

 

Para presentear a nossa sina

Mandou Deus uma pequena criatura

Que veio ocupar a progenitura

Para meu orgulho  uma linda menina...

Hoje Mãe, verdadeira  heroína!...

Depois surgiu o segundo herdeiro

Também nascido no Rio de Janeiro

Garotão ativo, esperto e destemido

Carioca  , em Botafogo nascido

De sangue azul e sanha de guerreiro.

 

 

Dos filhos que tivemos desta união

 Ao Ceará coube mostrar a vez dele

E o terceiro que nasceu foi aquele

Em quem DONA NEIDE pôs a mão...

Negocia a matéria prima para o pão

-E meio nômade, mora aqui e acolá

Nunca se sabe realmente onde está

Por força de sua  móvel  função

Mas cumprindo com denodo a profissão

É aprovado  tanto aqui como lá.

 

Para encerrar como reprodutora

Vem esta gloriosa Mãe e companheira

Pôr um final em sua árdua carreira

De mulher ativa e vencedora...

Esta figura ímpar de  genitora

Dar à luz o nosso impoluto caçula

A quem a família inteira  bajula

Por parecer realmente um galã

De quem a massa unânime é fã

Fã ardorosa das que se exalta e pula!

 

Que família prole ganhou  quem nos rodeia!

Particularmente sou grato à providência

Que nos premiou com tanta benemerência

Formamos nós uma plêiade de mão cheia

Onde a honra e o amor correm nas veias.

Sou muito feliz por motivos tão diversos!

Apesar de estarem eles  hoje alguns dispersos

Sentimo-nos como virtuais vizinhos

A eles e a Mãe ofereço com todo carinho

Estes  mui  humildes e singelos versos.

 

João Bitu

 

 

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