O
TORRÃO ONDE NASCÍ
Permanece
na memória
Dos
que são de tempos idos
Fatos
que fazem história
Aos
que são pouco esquecidos
A
lembrança bem ativa
De
nossa flora nativa
Onde
fomos nós nascidos
Carnaúbas
– sítio amado
O
lugar onde crescemos,
O
Riacho do Machado
Cujas
águas nós bebemos.
Que
aguava o arrozal
Nos
baixios, o principal
Dos
cereais que comemos
Que
saudades! Sim, saudades!
Das
chapadas de algodão
E
de outras variedades
No
plantio em meu torrão,
Muita
coisa se colhia,
Amendoim,
melancia
Jerimum,
milho e feijão.
O
gostoso fruto da ateira
Preferido
do azulão
Fruta
de conde como queira
Dava
junto ao casarão
A
moradia bendita
Mais
saudável e mais bonita
Que
existiu no sertão
Em
frente à tal mansão
Tinha
uma árvore frondosa
Para
gente e a criação
Dava
uma sombra gostosa.
Não
esqueço um instante só
Era
o velho Pé de Mocó
De
memória mais que saudosa
Bem
ao fundo à direita
Um
enorme Juazeiro
Com
uma copa perfeita
E
convexa por inteiro
Tremulando
com a aragem
Uma
natural imagem
Deste
solo brasileiro
Próximo
já da cancela
Que
fechava a capoeira
Havia
outra planta bela
Mais
bonita que as primeiras
Junto
à manga dos Bitu’s,
Lindo
pé de Coaçu
Que
de tanto olhar dá canseira
Das
Pedrinhas – quem recorda?
Minha
Mãe lavava panos
Estendia
em limpas cordas
E
cipós se não me engano
Caí
numa cacimbinha
Tendo
à mão uma foicinha
Quase
entro pelo cano
Eu
não sabia nadar
Foi
Mamãe quem me salvou
Mais
uma coisa a lembrar
De
quem tanto me amou
Viu-me
cair e por sorte
Evitou
a minha morte
São
e salvo me apanhou.
Carnaúbas
leito amado
Nunca
mais me viste tu
Do
pau Mocó estimado,
Juazeiro
e o Coaçu
Eu
jamais esquecerei
Mas
em breve voltarei
Às
origens dos Bitu’s!
João
Bitu
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