domingo, 9 de março de 2014

220 PLACIDEZ



PLACIDEZ


 


 

Já bem perto  dos oitenta

Eis que a vida se afunila

Não é mais só os quarenta.

A temperatura oscila

O bem estar entra em pane

E daí ninguém se engane

Adeus à vida tranqüila!

 

Em razão de qualquer fato

Por mais simplório que seja

Vem pesar de imediato

Quando menos se deseja

Para não ser regressivo

Nem tampouco depressivo

Que o Senhor me proteja!

 

Apesar desta idade

Vou seguir se Deus quiser

Revivendo a mocidade

Até quando força houver

 Digo com toda certeza

Vou mandar minha tristeza

Para outro lugar qualquer

 

Quero apenas ser olhado

Com bons olhos ao redor

Não sentir-me alijado

Pois ser mal quisto é o pior.

Necessário é ser amado

Com carinho e ser tratado

Para me sentir melhor

 

Que justiça seja feita

A quem a fez com fervor

Compensar toda desfeita

Com juízo e destemor

Destinando com ternura

A toda e qualquer criatura

Muita paz e muito amor

 

A mais pura das virtudes

É saber retribuir

Com decentes atitudes

Que de nós possam fruir

É DAR com graça e decência

Elegância e transparência

Só visando o porvir.

 

João Bitu

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