PLACIDEZ
Já bem perto dos oitenta
Eis que a vida se afunila
Não é mais só os quarenta.
A temperatura oscila
O bem estar entra em pane
E daí ninguém se engane
Adeus à vida tranqüila!
Em razão de qualquer fato
Por mais simplório que seja
Vem pesar de imediato
Quando menos se deseja
Para não ser regressivo
Nem tampouco depressivo
Que o Senhor me proteja!
Apesar desta idade
Vou seguir se Deus quiser
Revivendo a mocidade
Até quando força houver
Digo com toda certeza
Vou mandar minha tristeza
Para outro lugar qualquer
Quero apenas ser olhado
Com bons olhos ao redor
Não sentir-me alijado
Pois ser mal quisto é o pior.
Necessário é ser amado
Com carinho e ser tratado
Para me sentir melhor
Que justiça seja feita
A quem a fez com fervor
Compensar toda desfeita
Com juízo e destemor
Destinando com ternura
A toda e qualquer criatura
Muita paz e muito amor
A mais pura das virtudes
É saber retribuir
Com decentes atitudes
Que de nós possam fruir
É DAR com graça e decência
Elegância e transparência
Só visando o porvir.
João Bitu
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.