domingo, 9 de março de 2014

212 A VILÁ DE UM EX AMOR



A VILÃ DE UM EX-AMOR


Sempre que nos afligem as saudades
Bem freqüentes e nada casuais
Através dos sonhos habituais
Que sucedem com muita intensidade,
Nossa dor evolui barbaridade!
As lembranças retornam à moradia
Com bastante audácia e ousadia
Suscitando um clima de amargura,
Mal estar e enorme desventura
Cruel solidão e melancolia

A dor duma paixão é mais ferina
Do que dores as mais desgastantes
Porquanto debilita os amantes
Afetados pela triste e cruel sina
De uma saudade que jamais termina!
Nunca se consegue sair do abismo.
E nem deixar ficar no ostracismo
Aquele amor que tão amargamente
Fez-nos submergir profundamente
Num oceano de inconformismo.

A saudade é lembrança indesejável
Que desponta na alma de repente
E se fixa então alheiamente
De maneira rude e inevitável
E de conseqüência incalculável.
Lembrança com tristeza empata
Formam dupla a mais ingrata
Que de forma abrupta destrói
De pouco em pouco a tudo corrói
Sem qualquer complacência mata.

João Bitu

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