segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

168 OS CAFÉS





 OS CAFÉS
                      
                                            Uma pessoa me fez lembrar a existência dum gênero de comércio muito importante e saudável, sobre tudo inesquecível, em nossa Várzea- Alegre estimada, quando de minha adolescência no início da década de cinquenta.
                                              Eram os Cafés dirigidos por pessoas especializadas, limpas, educadas e de apurado bom gosto, voltadas para uma espécie de comestível que só elas mesmas o faziam com o mais absoluto zelo, dedicação, amor e distinção.
                                            Queremos fazer menção a alguns que se destacaram sobremaneira e que marcaram época, sobressaindo-se cada um de forma brilhante. Que pessôa contemporâ-
nea não se lembra do café de MARIINHA DE PEDRO PRETO, ali ao lado da Mercearia de Zé Augusto no Comércio Velho!  Ela fazia, entre muitas coisas, um doce de leite cortado que era uma maravilha! Por esta razão tornou-se um dos mais preferidos pontos da cidade reunindo fregueses de várias espécies para aquele bate papo costumeiro de todas as manhãs e
a atualização dos comentários locais.
                                            Isabel de Zé Marcos juntava também uma grande freguesia bem ao lado do Comércio na atual Rua Luz Afonso Diniz por ser bastante caprichosa e simpática. Tinha umas filhas bonita, a exemplo dela também, preparadas zelosamente no atendimento ao público e nos serviços gerais.
                                              Domicília de Zé Avelino era uma morena simpática e muito prestativa,
que atraía enorme quantidade de gente para provar os seus quitutes. Era uma pessoa muito alegre e saudável. Bem ali havia uns tijolinhos de leite saborosos que alguém chamava “ TREJOLI"” carinhosamente.
                                              As filhas de Belizário Maria de Lurdes e Socorro eram estabelecidas junto à loja de Zé Teixeira. Mais adiante tinha Dirrim que ali esteve um bom tempo.
                                                Ao lado da Padaria de Seu Durval tinha o café de Adélia de “João de Adélia” ou João Maduro, que tinha como especialidade uma linguiça de porco, que ela própria preparava e assava,  uma verdadeira delícia e mais um bolo mole, não desmerecendo o bolo fofo.

                                                   Por fim, havia Seu Afonso carpinteiro com sua mulher que também merecem destaque, estadelecidos onde o nosso amigo INACINHO possuia uma loja de tecidos recentemente.                                                                                                                                        ..Foram estabelecimentos muito preciosos e que representaram um tipo de comércio útil na boa terra naquele tempo e que aos poucos foi dando vez a outras naturezas de ramos comerciais. Certo é que tudo passa em nossas vidas, apenas na lembrança permanecem, ocasionando saudades àqueles que viveram na doce fase.
                                                    Tudo que daquela terra abençoada é por nós lembrado, causa-nos enorme saudade,                
                                                    É só para lembrar!

                                                       João Bitu

RECORDAÇÕES DE IPACARAÍ
Cascatinha e Inhana










                                            

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