quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

163 O CHALÉ TIA ISA


O CHALÉ DE TIA IZA

Nas rotineiras andanças
Quando em Beberibe chego
Ao encontro de sossego
Sinto de pronto lembranças
Dos bons tempos de criança.
Em recordações me entrego
E fortemente me apego
É difícil esquecer
Tem que ver para crer
Como se torna meu ego!



Sempre trago na memória
A forte recordação
De sentir a sensação
Da sublime trajetória
No início de minha história.
Aí surge em um lampejo,
Aquele intenso desejo
Com enorme intensidade
De voltar com brevidade
Ao meu doce lugarejo.



As residências singelas
De tijolo e sem reboco
Não são de estilo barroco
Porém são muito belas
Bonitas como só elas!
O decoro as enfatiza,
Para gostar se precisa
Com muito zelo atentar
Vale muito observar
O Chalé de Tia Isa!



Ela e Tio Chiquinho
Seu esposo bem amado
Homem bom e estimado
Ocupavam-no sozinhos
 Desde quando eu pequenininho.
As filhas com os seus pares
Moravam noutros lugares
Por força dos casamentos
Só os viam por momentos
Não obstante os pesares!



Naquela casa, entretanto,
Não faltava companhia
Tinha bastante alegria
Toda a família, porquanto,
Punha a saudade a um canto!
Em qualquer ocasião
Era clima de diversão
Uma coisa impressionante
A ternura ali reinante
Guardo no meu coração!



Ficava junto ao Machado
Bem na beira do Riacho
E tanto mais assim eu acho
Por suas águas molhado
Era bem mais estimado!
Olvidar é inevitável
Totalmente inviável
Tão lindo e bençoado
O meu doce povoado
De clima alegre e saudável!



Salve, salve meu sertão
Terra de amor e paz
Aonde o homem é capaz
De viver com emoção
Seu amor, sua paixão!
Terra só de encantos
Em todos os seus recantos
Onde se ver alegria
Beleza e harmonia
E outros prazeres tantos!


João Bitu




















segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

162 FELIZ DA VIDA por JOÃO BITU



FELIZ DA VIDA

Já estamos em dezembro
É mês de muita alegria
Comemoro todo dia
A vida como a relembro,
Ainda mais quando lembro
Que a velhice não afugenta
Ao contrário me contenta
 E bastante me comove,
Saio dos setenta e nove
E adentro nos oitenta!


Poucos conseguem alcançar
Sua terceira idade
Com tanta vitalidade
Paz e amor para dar.
Vale então, comemorar!
Que DEUS dê extensa vida,
Harmonia merecida
A todo aquele que crer
E que faz por merecer
Longa vida e bem vivida!


Com justiça e com decência
Honradez e honestidade
Conservando em verdade
Por toda sua existência
A pureza de consciência.
A nobreza só engrandece
Sempre e sempre enobrece
Os corações virtuosos
Que estarão vitoriosos
Onde a paz se estabelece!


Que eu mereça esta glória
Como me foi reservada
Saudável e abençoada
Por toda a trajetória
 Vivida só com vitória.
Desde quando pequenino
Pretendi ser bom menino
Para quando vier a hora
Não importa se for agora
Alcançar um bom destino.


A família está criada
Cada filho é um exemplo
Às vezes eu a contemplo
Sinto a alma compensada
Que família abençoada!
Todos eles já são pais
Felizes até demais
São todos bem empregados
Não deixam quaisquer cuidados
Só alegrias a mais!


Como sênior sou bem visto
A prole me tem estima
Vivendo então neste clima
Sou muito grato por isto.
Sabe lá o que é ser benquisto?!
Não por orgulho e nem nada
Digo de alma lavada
Com muita honra e prazer
É delicioso ser
O " mais velho" da  BITUZADA!

João Bitu

ACHO QUE SOU...

O BOM RAPAZ
Um bom Rapaz

























sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

161 INSINUAÇÃO TENDENCIOSA





INSINUAÇÃO TENDENCIOSA

Uma denúncia infundada
É a coisa pior do mundo! ...
Fere mais que uma pancada
Ou ferimento profundo.
É embuste com certeza
Uma infâmia sem defesa
Do maligno oriundo.

Levantar falso a alguém
De forma premeditada
É ação que só provém
De alguém que não vale nada.
Passivo de punição
Sem dó e sem compaixão
Severamente aplicada!

Por um falso testemunho
Não existe qualquer perdão
É ceder de próprio punho
Sua alma à perdição.
Não merece complacência
Nenhum tipo de clemência
É perda da salvação!

Somente o DEUS poderoso
De onisciência infinita
Clemente e caridoso
Pode mudar essa escrita.
Mas em verdade, em verdade
Com toda sinceridade
É uma prática maldita.

Quem com um ferro fere
Com ele será ferido
Mas vingar-se não difere
É um crime repetido
Revidar quem nos difama
É buscar lavar com lama
Um atoleiro fedido!

Vou deixar tudo de lado
E nada de aperreio
Tranquilo e resignado,
Pois que a paz virá, eu creio.
Nada é mais salutar
Que o dia a dia estar
Com uma noite sempre ao meio!
João Bitu

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

154 UM SONO MAL DORMIDO por João Bitu



UM SONO MAL DORMIDO!


Lembro quando pequenino
Para dormir cadê a calma?
Como quase todo menino
Eu tinha medo de alma!

Qualquer barulho que houvesse
Sentia um medo profundo
Com impressão que ali tivesse
Visagem do outro mundo!

Precisava de amparo
Tinha que ficar no claro
E com alguém mais por perto!

Fiquei noites acordado
Um olho apenas fechado
 -O outro ficava aberto!


João Bitu





domingo, 23 de novembro de 2014

160 COISAS QUE FAZEM HISTÓRIA




160    COISAS QUE FAZEM HISTÓRIA

"Dedico a Isabel Bitu a única da família ( Também  DENIZARD ) com melhor condição de lembrar a maioria dos fatos ".

A antiga bodega de Seu Zé Bitu
E a de Seu Dudu, que ficava na frente
Em plena atividade “ali ficarão”,
E permanecerão, fixas em minha mente
Maria Vieira, em frente à Usina
Ela e Valdivina, mais um rapazinho
Que para o sustento, mantinham uma venda
Lugar de merenda, simples cafezinho!
Depois dali morava  Mário Cassundé
Recordo-me até, tinha ele adiante
Um simples barzinho até bem frequentado
Quase só ocupado por gente elegante!
Muito  bem cuidado, amplo casarão!
Por Emília de Romão e a cantora Romana
O seu irmão Toim e também Dona Caixinha
A Professorinha, eficiente e humana!
Havia adiante bela  residência
MOrava ali  Vicência, a viúva de Cazuza
E Mãe de Tibúrcio, de Chico e Lizier
Ao que parece crer, ...tenho a mente confusa!!!
O Senhor Raimundo... Luiz de Oliveira
Filho de Mangabeira, esposo de Louzinha
Eram Pais de Francisco, Edilson e Leônia
Família idônea, gente de alta linha!
Dona Irinéia e Pedro Lourenço
Classe a que pertenço, casal solitário
Eram boa gente bastante honesta
Não eram de festa bem pelo contrário!
Na casa e Cartório do Velho Dudau
Tinha Pedro ( ”Piau” ) ... Alves de Morais.
O Velho era casado com Dona Matilde
Uma Senhora humilde simples até demais
O Pároco José... Otávio de Andrade
Foi a Divindade, que a muitos benzeu
Desde Juazeirinho até Boa Vista
Sempre com João Batista ou com Seu Amadeu.

O Ex-Deputado Otacílio Correia
Cômico de mão cheia, teve a glória sua
Através de decreto de ordem Municipal
Tendo do povo o aval, deu nome a uma  Rua!

Santo Ambrózio ou São Raimundo
Com  seu olhar profundo "via" com muita ternura
Zé Bitu e Seu Dirceu que habitavam  em frente
Dois homens decentes, nobres criaturas!

O casarão de Toim Primo, dono  do Baixio
Não era  nada de frio, era  quentura só!!!
Que o fim desta história junto dele esteja
E o SENHOR nos proteja, ampare e tenha  dó
E eis finalmente a USINA DINIZ
(Josué, Tatí  e Luiz) – de saudosa memória.
As casas d' Emídio Amâncio, Vicente Cassundé
Que só destroço é, tudo ficou para história!
João Bitu

domingo, 9 de novembro de 2014

159 O CONVITE



159    O CONVITE

Fátima sempre dinâmica e impoluta
Quer por fina força que eu integre
Esta notável equipe de Várzea Alegre
De poetas da mais alta e briosa conduta
Será que mereço entrar nesta luta?
Todos eles são grandes no momento
Nas hostes da poesia mostram seu talento
Entretanto, quem convida quer ver
Assim me disponho a rimar e escrever
Meus rabiscos, meus versos, cujos inventos!


A esta ousada pequena grande
Que tanto me exalta e me exorta
O Senhor lhe abriu uma larga porta
Por qualquer parte onde quer que ela ande...
Sua inteligência mais e mais se expande
Ao transcurso de tão nobre existência
Esbanjando toda a fértil inteligência
Em benefício dos mais carecidos
Contemplando e cuidando dos mais queridos
Como o fez a tantos de sua ascendência


Zezê sua fiel e justa companheira
Usufrui dos incansáveis cuidados
São dois seres fielmente irmanados
Numa união sólida e verdadeira...
Quanta paz entre as duas à vida inteira!
Quem não as conhece nem pouco calcula
A força sem medida das jovens caçulas
Que tomaram conta em suas convalescenças
De nossos pais em penosas doenças,
Que só em lembrar meu corpo tremula:


Tudo ofereço à Professorinha
Ao tempo em que usufruo da inspiração
Com muita cautela e esmerada atenção   
Pra não ferir a douta Francesinha
-( Este é o apelido da forte criaturinha ) –
A quem passo minhas obras a saber:
Contos, versos e lembretes a valer
Bastando que para isto se faça mister
Esteja eu acontecendo onde estiver
Conte comigo. Estarei pronto para lhe atender.

João Bitu


( Poema RESTAURADO )

domingo, 2 de novembro de 2014

REVENDO MEU DOCE PASSADO


REVENDO MEU DOCE PASSADO

                                            A antiga Rua Major Joaquim Alves, cuja denominação foi pelos ares para dar vez a outro nome ilustre, este filho da    cidade de Várzea-Alegre, tinha início na entrada do corredor que leva aos Grossos, em   
direção à  cidade de Iguatu e se estendia até as residências de Joaquim Diniz e  Hamilton Correia, pelo lado oposto. Não era uma rua muito extensa, mas estava sua grandeza no alinhamento e cuidados de suas bonitas residências e de seus habitantes ilustres. Cabia ali tudo que era bom, pessoas, prédios, praças de diversões, a Catedral, duas usinas e beneficiamento de algodão e o comércio enfim. Inclua-se, naturalmente, a Usina Primo no limiar.
                                   Os seus moradores eram os mais conceituados cidadãos
da cidade, a contar os mais ricos assim como outros tantos de menor expressão econômico-financeira, todavia, decentes e trabalhadores honrados e  igualmente notáveis.
                                   A indústria e o comércio ali representados por JOSUÉ ALVES DINIZ, um Senhor de grande valor e respeito pela honradez e decência nos negócios e na política, tendo sido eleito Prefeito, ocasião em que mostrou sua alta capacidade administrativa e incontestável honestidade no manuseio dos bens públicos. Teve uma vida de raras virtudes, qualidades que deixou aos filhos por herança. Entre outras obras construídas em sua gestão deixou o prédio onde funciona atualmente a Prefeitura Municipal da cidade e O Centro Administrativo cujo, recebeu o seu nome como homenagem.  De grande utilidade comercial, além de funcionar como cabide de empregos também é engrandecido pela oferta e venda de gêneros alimentícios a preços mais accessíveis, graças a centralização de mercadoria. É situado entre as ruas JOSÉ COREIA e a GETÚLIO VARGAS, ao lado do prédio onde funcionou a ESCOLA DOMÉSTICA, instituição educativa onde MARIA SOCORRO BITU, de saudosa memória, concluiu sua educação profissional.
                                   A seguir a pracinha onde está a Majestosa IGREJA DE SÃO RAIMUNDO, um dos mais belos e tradicionais monumentos em toda região Centro Sul do Estado, orgulho de Várzea-Alegre, cuja torre é vista ao longe com todo seu esplendo, com a estátua do padroeiro São Raimundo Nonato, encimando sua grandeza e invejável beleza, como que a olhar e abençoar o casarão de ZÈ BITU, em cujo toda  Bituzada  teve  sua existência feliz. Nada se pode comparar a sua semelhante e maravilhosa vista mesmo à distância. Ladeada pela casa Paroquial de forma adequada e justa para os serviços religiosos, onde residem o Vigário e seus auxiliares instalados em suas dependências, bem como acomodações para os visitantes de outras paróquias circunvizinhas, quando das festividades costumeiras. Nossa Catedral é alvo de admiração em toda parte!
                                   A PREFEITURA MUNICIPAL fica situada bem perto da referida pracinha, construída onde fora antigamente a querida e super- frequentada Praça Velha, em que a juventude tinha seu reduto e alegria ao passear às noitinhas ao som da AMPLIFICADORA VOZ DE VÁRZEA-ALEGRE”, comandada por Walquírio Correia, com as oferendas musicais e suas brincadeiras alegres dirigidas a cada ouvinte e admirador
                                   Quanta saudade!
                                   A parte comercial de maior destaque tem aí o seu início, considerando as lojas de tecidos. De Zé Rolim (João Joca foi seu sócio inicialmente), até à casa “ABC” pelo lado direito e, em frente RAIMUNDO SILVINO e ZÉ BILÉ com lojas de variedades   Neste meio, isto é, entremeando o comercio havia outra “pracinha” muito concorrida ao anoitecer pelos jovens namorados da cidade, igualmente assistida ao som da Amplificadora e sua música contemporânea. AÍ estava o coração musical de toda juventude! Encontro infalível de toda mocidade!
                                   A nossa estimada Rua Major Joaquim Alves termina aqui, onde as nossas saudades marcam o seu início. É necessário que se lembre aquelas músicas da velha guarda. Músicas que marcaram cada uma de nossas SAUDÁVEIS paqueras, cada um de nossos “flêrtes discretos, os recadinhos trocados que foram ou não foram respondidos! Cantores famosos que davam a cada melodia a riqueza de sua interpretação. Está, entendo eu, para nascer a pessoa contemporânea que não lembre da valsa BRANCA, do Bolero DEZ ANOS, A Pérola e o Rubi, Tarde Fria, Pecado Original e outros tantos sucessos da época!!!  Aposto que alguns de meus leitores não vão dormir hoje sem antes cantarolar um pouco, recordando velhas músicas que lhe marcaram naquele passado tão doce!
                                   Muitos casais que até hoje permanecem unidos e felizes tiveram o início de seus idílios naquelas pracinhas abençoadas. Podem contar agora aos filhos quão linda era a vida simples naqueles pedacinhos de   chão alegres, em nossa querida e inesquecível VÁRZEA-ALEGRE. Havia serenidade, havia doçura e muita pureza dentro de cada namorado, candidato ao matrimônio. Amor verdadeiro, confiança e admiração recíproca. Impossível esquecer!
                                   DEUS que tão graciosamente contemplou a nossa geração, dê aos nossos descendentes a mesma felicidade com que até hoje nos tem premiado. Vida longa, amor real aos nossos cônjuges e poder de reconhecimento fiel e inalterável.        
                                   Que nos abençoe hoje e sempre a nós e aos nossos estimados filhos e netos.

João Bitu

... Faz lembrAR !
A PÉROLA E O RUBY
Caubv Peixoto