185 FINALMENTE LUIS
Há uma
máxima costumeira:
“Água mole em pedra dura
Tanto bate
até que fura”...
LUIS briga a
vida inteira
Que não lhe
escrevo uma besteira.
-Diz...Será
que eu não mereço?
Não sei por
que, desconheço!
O Senhor não
me faz poema
Tem-me uma
cisma estrema,
E nem num
verso apareço
-Você merece
em verdade
As melhores
referências
Queria ter
competência
Para com
sinceridade
Mostrar suas
qualidades,
Mas o estro
anda precário!
Porém, você
é solidário
Bondoso
esposo, sem par,
Pai de
família exemplar
E excelente funcionário”.
Concluiu a
Faculdade
De acordo
com os seus planos
Em menos de
treze anos.
De excelente
qualidade,
Isto é a
pura verdade!
Foi um aluno
normal
Boa conduta
moral
Não precisou
de suborno
Desde o ROSA
GATTORNO
Até chegar à
FEDERAL!
Este tempo
ele não nega
Nem poderia
negar
Mas queria trabalhar
Tinha uma
ânsia cega
Fosse em
venda ou entrega.
Entrou numa
administradora
Firma bem promissora
Onde ainda
permanece
E que todo
mundo conhece
A famosa
Transportadora!
Este emprego
aclamado
Por sua
sogra querida
Que, é
lógico, quando em vida,
Fez um pedido
sonhado;
Que o
herdeiro aguardado
Não se
chamasse “uma” INÈS
Mas fosse
Estter com dois“ tês”.
Se por
ventura menina.
Não pensava
ter a sina
De partir
dentre algum mês !.
Atendido o
seu pedido
Quero assim
que me prometa
Não me faça
mais careta
Nem um gesto
parecido!
Não que eu
fique ofendido,
Mas um gesto
carinhoso
Um abraço
afetuoso
Uma palavra
de afeto
Parecem bem
mais correto
E eu me
sinto mais ditoso!
O estro assim
voltará
E os versos
fruirão
Você será
outro irmão
Decantado
como está,
E agraciado verá.
É só tentar
para ver
Mais amável
parecer
Preste bem
atenção
E poemas
choverão
Tudo enfim
mudará!
João Bitu